Informática, perguntado por oweygames2015, 8 meses atrás

8) Pontue as principais diferenças da sexualidade na antiguidade da idade Moderna e Contemporânea.​

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Respondido por ManaLuh
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Resposta:

Dos povos da Antiguidade Oriental destaco alguns aspectos da civilização babilônica, a qual parecia cultivar a sexualidade de forma muito intensa. Assim como em todas as culturas antigas conhecidas, na Babilônia eram comuns os cultos a deusas da fertilidade e estes envolviam rituais sexuais. Heródoto (s/d) relatou ser costume para as mulheres daquela sociedade se oferecer nos templos, aos estrangeiros, em troca de algumas moedas e de oferendas para as deusas. Porém, estudos mais recentes mostram que não há evidências explícitas de que os cultos mesopotâmicos tenham comportado ritos de caráter sexual, pelo menos de forma oficial e organizada (GONÇALVES, 2003).

Sexualidade na idade média

Com as invasões bárbaras e o esfacelamento do Império Romano, surgiram na Europa

reinos onde se misturavam os costumes romanos, bárbaros e cristãos. lnvasores como os germanos,

godos, gauleses e francos se fixavam Europa adentro, assimilando a cultura romana e formando os

diversos reinos, que passaram a dar um novo rosto ao mapa da Europa.

A Igreja Católica, que se consolidava, fazia aliança com os nobres convertidos ao

cristianismo, levando o povo com eles. Permaneciam, no entanto, apegados aos valores pagãos dos

antepassados, principalmente o camponês, que distante das cidades e dos nobres, demorou para

assimilar os valores cristãos como regras de vida.

Os bárbaros eram apegados à terra e aos cultos de fertilidade. Portanto, o sexo era prática

corrente nos ritos e festas que ocorriam na- época da colheita e do plantio. Estes costumes, passados

de geração para geração, não foram totalmente erradicados com o advento do cristianismo, daí uma

possível explicação para as Iiberdades sexuais que se contrapunham à moral pregada pela Igreja. O

alto índice de mortalidade, devido à peste e às guerras, e a necessidade de nascimentos para que o

camponês, tivesse mão de obra para a lavoura também podem ser considerados como estímulos

sociais para a liberdade sexual.

De fato, o sexo é natural. As pessoas andavam nuas, homens e mulheres tornavam banhos

juntos e, nos quadros, até os santos eram representados nus. Era comum que amas masturbassem as

crianças para que ficassem calmas. Até a obrigatoriedade do celibato para os religiosos não existia.

No século XI, padres tinham vida sexual ativa (USSEL, 1980).

No começo da Idade Média, a mulher ocupava importante espaço na Igreja Católica

institucionalizada. Abadessas acumulavam riquezas e influenciavam a hierarquia católica até o século

XII. Elas perdem poder após esse período, justamente quando tomou corpo uma visão aristotélica da

mulher por parte da doutrina da Igreja. Três santos – São Paulo, Santo Aqostinho e São Tomás de

Aquino – fundamentavam a doutrina da Igreja. Dentre outras imposições, determinava que o sexo só

deveria acontecer dentro do casamento e com o único objetivo de procriação. Não poderia haver

demonstração de paixão entre os cônjuges e ainda, determinaram os pecados contra o corpoprostituição, adultério, homossexualidade, auto-erotismo. Determinavam-se também os dias que se

podiam ter relações sexuais. A culpa é instalada no imaginário popular, assim como o medo do

Inferno. Ainda assim, as práticas sexuais continuaram fazendo parte do cotidiano amoroso de

homens e mulheres, pois não era possível de um momento para o outro neutralizar costumes em

vigência há séculos.

Somente a partir do século XVI (com maior força no século XVIII), com o advento do

puritanismo, é que houve mudanças no caráter, na moral e nos valores do homem europeu –

notadamente o inglês – que se transformou gradativamente em um homem contido, regrado e

controlado.

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