6) Sobre as resistências a Independência do Brasil, podemos dizer que: *
a) Portugal reagiu violentamente a declaração de independência brasileira, tendo enviado tropas ao Brasil para coibir o movimento separatista;
b) Solidários a Portugal, diversos países europeus enviaram tropas ao Brasil para combaterem a nossa independência;
c) A resistência à independência foi maior internamente que externamente, tendo as Províncias da Bahia, do Maranhão e do Grão-Pará se rebelado contra D. Pedro;
d) Como D. Pedro contava com o apoio de todas as províncias brasileiras ficou bem mais fácil pressionar Portugal a aceitar mais rapidamente a nossa independência.
7) O processo de Independência política do Brasil em relação a Portugal só se completou: *
a) Após o reconhecimento de nossa independência por Portugal, o que ocorreu em 1825;
b) Depois que as tropas de mercenários do Brasil conseguiu se impor sobres as tropas enviadas por Portugal;
c) Com a intervenção da Inglaterra que foi responsável por financiar as tropas de mercenários que lutaram do lado do Brasil na Guerra de Independência travada com Portugal;
d) Apenas depois que as províncias rebeldes brasileiras leais a Portugal foram derrotadas pelo exército formado por D. Pedro.
8) ( UFC-CE –Questão Adaptada) A respeito da independência do Brasil, é correto afirmar que: *
a) implicou em transformações radicais da estrutura produtiva e da ordem social, sob o regime monárquico.
b) significou a instauração do sistema republicano de governo, como o dos outros países da América Latina.
c) trouxe consigo o fim do escravismo e a implementação do trabalho livre como única forma de trabalho e o fim do domínio metropolitano.
d) implicou em autonomia política e e algumas reformas, mas nada que revolucionasse a ordem social e econômica já que isso não interessava a elite econômica local que não deseja grandes transformações.
Soluções para a tarefa
Resposta:
A independência do Brasil foi o processo histórico de separação entre Brasil e Portugal que se deu em 7 de setembro de 1822. Por meio da independência, o Brasil deixou de ser uma colônia portuguesa e passou a ser uma nação independente. Com esse evento, o país organizou-se como uma monarquia que tinha d. Pedro I como imperador.
Acesse também: Como funcionou a política externa do Brasil durante o Período Joanino
As causas da independência do Brasil
A independência do Brasil tem uma grande ligação com a transferência da corte portuguesa para a colônia, em 1808. Os acontecimentos que se passaram no intervalo de tempo entre 1808 e 1822 levaram ao desgaste na relação entre a elite brasileira, sobretudo a do Sudeste, com o Reino de Portugal.
A corte portuguesa resolveu mudar-se para o Brasil, no fim de 1807, para fugir das tropas napoleônicas que invadiram Portugal em represália pelo país ter furado o Bloqueio Continental. Nessa época, a rainha de Portugal era d. Maria e o príncipe regente era d. João VI, e essa medida foi uma decisão deste.
Mudanças sensíveis aconteceram no Brasil nesse período, que ficou conhecido como Período Joanino. Essas mudanças ocorreram no campo cultural, econômico e até mesmo político. A primeira medida de grande repercussão na época foi a abertura dos portos do Brasil, em 1808. Esse foi o fim do monopólio comercial que existiu durante o período colonial.
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Isso era muito importante, porque, até então, os portos brasileiros estavam abertos apenas para embarcações portuguesas. A abertura desses gerou a possibilidade um leque de oportunidades econômicas que beneficiaria consideravelmente os comerciantes instalados em cidades, como o Rio de Janeiro, à época capital do Brasil.
Por meio de d. João VI, também foram tomadas medidas que permitiram a construção de universidades, teatros, bibliotecas etc. Artistas e intelectuais estrangeiros vieram para o país, e a circulação de conhecimento nele aumentou consideravelmente. Apesar disso, a situação era razoavelmente estável, com exceção de Pernambuco, que sediou a Revolução Pernambucana de 1817.
Nas relações internacionais, o Brasil posicionou-se como uma nação expansionista, uma vez que d. João VI iniciou conflitos pelo controle da Guiana Francesa e da Cisplatina (atual Uruguai). As mudanças no país eram inúmeras, mas os ventos do separatismo só foram soprar-se nele a partir de 1820.
A mudança status do Brasil, durante o Período Joanino, é claramente identificada por meio de uma ação realizada em 16 de dezembro de 1815. Nessa data, o país foi elevado à condição de reino e passou a não ser mais colônia portuguesa, mas sim parte do reino de Portugal. Com isso, esse último passou a chamar-se Reino de Portugal, Brasil e Algarves.
Acesse também: A história da primeira guerra internacional travada pelo Brasil independente
Revolução Liberal do Porto
A situação de Portugal naquele momento era muito ruim, pois o país enfrentava uma crise política e econômica em consequência da invasão francesa. Para agravar a situação dos portugueses, o rei d. João VI estava no Rio de Janeiro, distante demais dos problemas da metrópole.
A burguesia portuguesa organizou-se nas Cortes, instituição política que se baseou em princípios liberais. Daí nasceu a Revolução Liberal do Porto, que defendia a realização de reformas em Portugal. A grande exigência dos liberais portugueses era que Portugal, e não o Brasil, deveria ser a sede do reino português.
Dentro desse contexto, os liberais portugueses passaram a exigir o retorno do rei para Portugal, e d. João VI não tinha nenhuma intenção de fazê-lo. Os portugueses também exigiram que o monopólio comercial fosse restabelecido no Brasil, e essas exigências demonstraram para a elite brasileira o desejo dos portugueses de restaurarem os laços coloniais com a colônia.
O rei português passou a ser ameaçado de ser destituído do trono se não retornasse, e, assim, acabou retornando para Portugal, em 26 de abril de 1821. Seu filho, Pedro de Alcântara, foi deixado no Rio de Janeiro como príncipe regente do Brasil.
Principais acontecimentos da independência do Brasil
A independência do Brasil aconteceu na medida em que a elite brasileira percebeu que o desejo dos portugueses era restabelecer os laços coloniais. Quando a relação ficou insustentável, o separatismo surgiu como opção política, e o príncipe regente acabou sendo convencido a seguir esse caminho.