Artes, perguntado por jvsventura, 10 meses atrás

6- Na virada do século XIX para o século XX, muitos músicos foram importantes
no processo de hibridação musical. Explique como aconteceu o processo de
hibridação musical entre artistas como Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha e Villa-
Lobos: *

Soluções para a tarefa

Respondido por analima9ano
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Resposta:

hibridação musical entre artistas como Chiquinha Gonzaga:

O cenário musical brasileiro atual tem a presença de diversas mulheres que, como cantoras, compositoras ou instrumentistas, conseguem se sustentar com seu trabalho artístico. O que hoje parece natural, há cerca de um século era raro: mulheres que ousavam se manter neste meio eram vistas com preconceito e sofriam discriminação. Neste sábado, 28 de fevereiro, completam-se 80 anos da morte de uma artista que, com sua obra e sua postura, começou a mudar esse cenário e a abrir alas para muitas outras mulheres na música do Brasil: Chiquinha Gonzaga.

A compositora, pianista e maestrina é responsável por mais de duas mil canções populares, e entre elas está a primeira marchinha composta para o carnaval: "Ô abre alas", de 1889, que hoje faz parte do imaginário brasileiro. Seu aniversário, em 17 de outubro, é lembrado como o Dia Nacional da Música Popular Brasileira, desde a aprovação de uma lei para este fim, em maio de 2012.

Pixinguinha:

Estudo analítico e comparativo sobre os choros Segura ele e Um a zero de Pixinguinha que, na histórica viagem do grupo de choro Oito Batutas a Paris em 1922, conviveu com músicos de jazz norte-americanos. Observam-se características do ragtime em Segura ele a partir das gravações no CD Pixinguinha 100 anos, o qual inclui performances do compositor no saxofone e na flauta. Uma comparação entre elementos formais, harmônicos, rítmicos, motívicos, de instrumentação e iconográficos mostra que o choro de Pixinguinha foi influenciado em vários níveis pelo gênero popular norte-americano.

Palavras-chave: Pixinguinha; choro; ragtime; música popular brasileira; análise musical.

Villa- Lobos:

No início do século XIX quase toda criação e produção musical ocidental estava compreendida no eixo Alemanha, França e Itália. Os músicos e compositores da maior parte do mundo eram oriundos desses três países ou buscavam neles suas referências, estudos e ideais interpretativos. O grande desafio histórico para uma nova estética nacional, calcada nas raízes da própria terra e no folclore, partiu de um movimento em oposição à hegemonia alemã.

Uma das primeiras manifestações tipicamente nacionais partiu do compositor russo Mikhail Glinka (1804-1857). Após passar um período estudando composição na Itália, Glinka voltou à Rússia e compôs, em 1836, a ópera Uma vida pelo Czar. Segundo ele próprio, baseada na nostalgia de sua terra natal, quando viveu afastado dela. A ópera foi sucesso na Rússia no ano de sua composição. Apresentada em 1867 na Exposição Universal de Paris, a música causou espanto pela utilização de elementos estéticos do folclore russo em meio às harmonias ocidentais. Seguindo o caminho trilhado por Glinka, surge na Rússia, o famoso Grupo dos cinco: Balakiev, Borodin, Cui, Mussorgsky e Rimiski-Korsakov, cujo objetivo era compor em um estilo de caráter que fosse genuinamente russo. O fenômeno, que seria batizado como nacionalismo, extrapolou as fronteiras da Rússia, atingindo outros países como a Boêmia (Tchecoslováquia) através de Smetana e Dvorak; a Noruega, com Grieg e o Brasil, com Villa-Lobos.

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