6- Estabeleça uma relação entre mortalidade infantil e segregação urbana
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Resposta:
O rápido e intenso crescimento urbano que ocorreu no Brasil a partir da década
de 1950 foi acompanhado de mudanças profundas no sistema de mobilidade
das pessoas. Aumentaram paulatinamente os deslocamentos feitos com veículos
motorizados, notadamente utilizando-se de automóveis particulares e ônibus.
Os investimentos e as ações públicas foram canalizados para viabilizar esse aumento
no número de deslocamentos de maneira exclusiva, sem viabilizar também ou
conjuntamente outros modos de transporte que poderiam compartilhar as vias
de tráfego. Isto fez com que a mobilidade a pé e em bicicleta fosse muito afetada
na sua qualidade e segurança. Em consequência, aumentaram muito os consumos
do espaço viário, do tempo de viagem e da energia na mobilidade, assim como a
emissão de poluentes.
Além das políticas de mobilidade, decisões sobre o uso e a ocupação do solo
urbano foram determinantes para criar ou ampliar a segregação espacial das camadas
de renda mais baixa, que aumentaram o isolamento e a dificuldade de ter acesso
à cidade, ao trabalho e aos serviços públicos.
Este capítulo analisa este processo mostrando inicialmente dados gerais sobre
a mobilidade nas cidades brasileiras com mais de 60 mil habitantes, em 2012.
Os dados mostram que a mobilidade urbana caminhou para uma divisão entre os
modos de transporte na qual os veículos motorizados passaram a ser dominantes.
Adicionalmente, em período mais recente, o uso dos modos motorizados privados
(automóvel e motocicleta) passou a ser mais importante que o uso dos meios públicos. Na seção 3 são analisados os fatores sociais e econômicos que condicionam
a mobilidade das pessoas. Na seção 4 é analisado o metabolismo da mobilidade,
representado pelos consumos e impactos relacionados à mobilidade de cada extrato
social. E, por fim, na seção 5 são analisadas as políticas de mobilidade aplicadas
no país nas últimas décadas.
Explicação: