5. (UFPI-Psiu) Leia este texto: Criação poética O poema não tem plano. Escrevo meio cego. É uma descoberta passo a passo, algo que vai sendo revelado a mim mesmo a cada momento. Eu nunca presto atenção no modo como construo um poema. O poema, para mim. é a grande aventura de como fazer. [...] (Ferreira Gullar. Entrevista concedida à revista Vejo. Texto adaptado. Edição n. 2169.16jun. 2010.) Sobre as duas frases iniciais destacadas no texto, é correto afirmar: a) A substituição do ponto entre elas pela conjunção "mas" não altera o sentido da construção. b) 0 verbo “escrever* só exigiu um complemento na frase, o objeto indireto. c) A frase “0 poema não tem plano" pode ser substituída por “0 poema não tem uma superfície sem ondulações", o que pode manter o mesmo conteúdo semântico expresso no texto. d) 0 feminino da expressão "meio cego’ resultaria em “meia cega". e) A expressão “meio cego" exprime uma circunstância, modificando o verbo "escrever”.
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Alternativa E.
O termo "meio cego" é adjunto adverbial de modo que modifica o sentido do verbo "escrever".
Os outros itens:
a) Falso - A substituição do ponto pela conjunção "mas" altera SIM o sentido da construção.
A relação entre as frases é de explicação, logo seria adequado usar a conjunção "pois". Veja:
"O poema não tem plano, pois escrevo meio cego"
b) Falso - O verbo "escrever" não possui nenhum complemento na frase.
O termo "meio cego" não é complemento verbal, mas sim adjunto adverbial de modo.
c) Falso - O sentido de "plano" na frase é de projeto, planejamento.
d) Falso - Como "meio" é advérbio de modo, não pode ser flexionado no feminino. Apenas o termo "cego" é que iria para o feminino ("meio cega").
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