História, perguntado por sinesmaria, 7 meses atrás

5. Por que podemos afirmar que a Guerra do Paraguai não existiu
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Respondido por Vortexred10
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Lê aí a revisão que o Caio César do Centro Educacional Recanto Verde passou

A Guerra do Paraguai

A Guerra do Paraguai foi um conflito que aconteceu de 1864 a 1870 e colocou Brasil, Uruguai e Argentina como aliados contra o Paraguai. A guerra foi causada pelos diferentes interesses que existiam entre as nações platinas na segunda metade do século XIX. O estopim para o início desse conflito, na visão paraguaia, deu-se quando o Brasil invadiu o Uruguai para lutar contra os blancos.

Na ótica brasileira, o estopim do conflito ocorreu quando os paraguaios aprisionaram uma embarcação brasileira — o vapor Marquês de Olinda. Em dezembro de 1864, os paraguaios atacaram o Mato Grosso, e, em maio, Argentina, Brasil e Uruguai aliaram-se por meio do Tratado da Tríplice Aliança. O Paraguai foi oficialmente derrotado, e Solano López foi morto em março de 1870.

A Guerra do Paraguai foi resultado do processo de formação das nações platinas (Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai) e dos diferentes interesses econômicos e políticos que cada nação possuía durante a segunda metade do século XIX. A relação entre elas, sobretudo entre Brasil e Paraguai, agravou-se durante a disputa de interesses travada na Guerra Civil Uruguaia.

A posse de Solano López fez com que o governo paraguaio se aproximasse de um grupo rebelde argentino conhecido como federalistas. Esse grupo era liderado por Urquiza e concentrava-se nas províncias de Entre Rios e Corrientes. A aproximação do Paraguai com os federalistas possibilitou uma aliança do governo paraguaio com o governo uruguaio, representado pelo partido Blanco.

A aproximação paraguaia com os blancos abriu uma possibilidade importante para o Paraguai de utilizar o porto de Montevidéu como saída para o mar, uma vez que não havia possibilidade de os paraguaios utilizarem o de Buenos Aires. A aproximação paraguaia com os federalistas desagradou o governo argentino, representado pelo então presidente Bartolomé Mitre, e a aproximação paraguaia com os blancos no Uruguai desagradou tanto a Argentina quanto o Brasil.

A tensão entre os governos brasileiro e paraguaio já existia em virtude das negociações a respeito dos direitos de navegação no Rio Paraguai. O governo brasileiro exigia a livre navegação nos rios da Bacia Platina que cortavam o Paraguai, pois eram o único meio viável de chegar-se a Cuiabá (não havia estradas que ligavam a capital, Rio de Janeiro, àquela cidade). Além disso, havia uma disputa de território entre os dois países (a disputa era por um pedaço de terra que hoje corresponde ao Mato Grosso do Sul).

ESTOPIM DA GUERRA

A ação brasileira no Uruguai irritou o governo paraguaio e gerou uma represália de Solano López. Em 11 de novembro de 1864, uma embarcação brasileira, o vapor Marquês de Olinda, chegava em Assunção, capital paraguaia, com dinheiro e com o novo presidente do Mato Grosso, o coronel Carneiro de Campos. Sob o argumento de que a embarcação brasileira levava armas, o governo paraguaio ordenou o aprisionamento da embarcação e de toda a sua tripulação.

O aprisionamento do Marquês de Olinda gerou protestos do governo brasileiro, e a resposta paraguaia deu-se com o rompimento das relações diplomáticas com o Brasil e a proibição da passagem de embarcações brasileiras pelos rios que cruzavam o Paraguai. A situação permaneceu tensa, e Solano López, crente de que o Brasil atacaria o Paraguai (o que não era verdade), decidiu atacar o Brasil, em dezembro de 1864.

Cerca de 7700 soldados paraguaios foram enviados para o Mato Grosso, entre 22 e 24 de dezembro de 1864. No dia 26 de dezembro, os paraguaios atacaram o forte de Coimbra, e, no dia 28, as tropas brasileiras fugiram. O ataque paraguaio deu início à Guerra do Paraguai.

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