(5) No século V, praticamente tudo o que o historiador é capaz de conhecer ainda se organiza em torno do Mediterrâneo, no quadro do Império Romano. No entanto, um movimento em marcha há muito tempo tende a desarticular tal quadro, afastando progressivamente a parte grega de sua parte latina. De fato, é a leste que se
encontram toda a vitalidade, toda a riqueza, toda a força, e ali a civilização antiga prossegue a sua história sem rupturas, ao passo que se desagrega a oeste – desde sempre em uma posição de fraqueza –, onde o desmoronamento é precipitado pelas migrações dos povos germânicos. Desse lado, instala-se a desordem por três séculos, durante os quais se misturam os ingredientes de uma nova civilização.
Após a queda do Império Romano do Ocidente, a formação das estruturas feudais:
A- envolveu um processo dinâmico que fundiu as culturas germânica e romana.
B- provocou o desaparecimento de todos os hábitos e costumes da Roma Antiga.
C- ignorou a herança do cristianismo, gerando o crescimento das religiões politeístas.
D- suscitou a formação de uma nova ordem política centralizada na Europa Ocidental.
E- promoveu o fortalecimento de novos grupos sociais, como a burguesia comerciante.
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Resposta:
Letra A
Explicação:
A partir da interpretação do texto escrito pelo historiador medievalista Georges Duby e dos conhecimentos históricos sobre a Alta Idade Média é possível inferir que o processo de desagregação do Império Romano do Ocidente esteve ligado as sucessivas invasões bárbaras que saquearam cidades e levaram o medo a sociedade romana, que logo migrou para as zonas rurais. É nesse processo que ocorreu uma profunda miscigenação cultural entre os povos germânicos e os romanos, propiciando “os ingredientes de uma nova civilização”.
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