Português, perguntado por paliodeoliveira, 4 meses atrás

5)Ne frase, "porque o poema, senhores,/está fechado", a conjunção grifada tem um valor semántico de:

a) Causa.

b) Consequência.

c) Finalidade.

d) Condição.

e) Conclusão.

6. Como você interpreta os versos abaixo?

Só cabe no poema

O homem sem estômago

A mulher de nuvens

A fruta sem preço".​

Soluções para a tarefa

Respondido por tiagocicilio
3

Resposta:

Não reparei o "grifo", mas levando em consideração que se está perguntando a respeito de conjunção, o gabarito da questão 5, que traz a conjunção "porque", é a letra "a"; da 6, é necessário verificar a explicação abaixo.

Explicação:

Questão 5

As conjunções, em termos gerais, têm a função de unir orações. Tais uniões ou relações de dependência sintática entre orações podem ser independente, chamadas de orações coordenadas, ou dependentes, que são as orações subordinadas.

A depender do tipo de oração, as conjunções podem ser nomeadas de coordenadas ou subordinativas, sendo esse segundo caso - subordinativas - aquele que aparece na questão número 5.

Dentre essa classe, subordinativas, existem (quase autoexplicativas):

  • as integrantes – introdutórias;
  • as causais – causa;
  • as concessivas – concessão;
  • as condicionais – condição ou hipótese;
  • as conformativas – conformidade;
  • as comparativas – comparação;
  • as consecutivas – consequência;
  • finais – finalidade;
  • proporcionais - proporção;
  • temporais – tempo.

Portanto, na frase porque o poema, senhores / está fechado, a conjunção "porque" exprime causa, fazendo com que o gabarito seja a letra "a".

Ao ler o que vem antes e o que vem depois desse poema - Não há vagas -, intui-se que o autor está dizendo que "não há vagas para a vida cotidiana e suas necessidades" pelo motivo do poema estar fechado.

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A questão 6

Trata-se de um poema de autoria de Ferreira Gullar, chamado Não há Vagas. O autor diz que não há vagas - nos poemas que vê - para a vivência humana.

Por isso, cria um poema ressaltando o cotidiano das pessoas, mas ironiza falando que nada disso importa. Posto que as futilidades têm importado mais, as quais têm enchido as prateleiras do que nada acrescentam. Para assuntos assim, ainda há vagas.

Esse poema tem 5 estrofes e o trecho da questão representa a quarta: Só cabe no poema / O homem sem estômago / A mulher de nuvens / A fruta sem preço.​

Fazendo uma leitura sistemática da obra, o autor quer dizer que só cabe no poema o homem sem estômago, esse "sem estômago" pode representar a ausência de preocupações com questões básicas da vida humana, como "comer/fome". Isto é, o homem rico, remediado.

A mulher de nuvens é aquela contida no imaginário, que muitas vezes é uma criação coletiva ou influência individual que invade o pensamento comum. Se preferir, não é aquela mulher atarefada, com múltiplas jornadas, subjugada.

Por fim, a fruta sem preço, se pensar bem, traz a imagem. Sim, a fruta que vemos num quadro, numa imaginação, aquelas frutas admiradas em uma obra de arte. Diferente daquela no mercado, que a cada dia aumenta de preço e se torna cada vez mais inacessível ou caminha para a extinção.

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