História, perguntado por felipegabriel2310200, 6 meses atrás

5- Elabore um argumento sobre a seguinte notícia: (2,0)
“A abolição inacabada”: Completaram-se 130 anos de assinatura, pela Princesa Isabel, do Decreto 3353 que
extingue oficialmente a escravidão no Brasil, último país do mundo a abolir esse odioso regime econômico
e social que, não obstante, gerou uma fortuna incalculável por mais de 350 anos.
A escravidão fez parte da lógica capitalista e foi determinante para acumulação primitiva do capital. É
fundamental denunciarmos que toda a riqueza da classe dominante e do Estado brasileiro tem origem em
dois crimes hediondos: O roubo das terras e genocídio dos indígenas e o sequestro da maior riqueza que as
nações africanas possuíam: o seu povo, já que somente o Ser Humano tem a capacidade de transformar os
recursos naturais em bens e mercadorias. Portanto, o Estado e as oligarquias, herdeiras do sistema
escravista, devem valores astronômicos aos descendentes de africanos e indígenas escravizados e
espoliados.
Ou seja, se a escravidão foi determinante para o surgimento do capitalismo, o racismo foi fundamental para
sua modernização no Brasil, que teve na marginalização da população negra a sua pedra angular. Não é por
acaso, portanto, menos ainda pela ação de indivíduos isolados, que em pleno século XXI constatamos a
crueldade do racismo institucional e estrutural que, no mercado de trabalho determina que salários,
demissões, admissões e crescimento na carreira, estão condicionados a cor da pele e gênero e não ao mérito
do trabalhador e da trabalhadora ou sua produtividade.
A CUT, a maior central brasileira e a mais comprometida com a luta contra a discriminação racial, ao
denunciar esses 130 anos de uma abolição inacabada, pauta na formação de dirigentes e respectivas
categorias e, insistentemente, nas negociações com os empregadores as questões de promoção da
igualdade racial, e, somando-se ao movimento negro e as demais entidades que lutam por uma sociedade
mais justa para que conquistemos a tão sonhada – e por enquanto uma grande mentira – democracia racial.​

Soluções para a tarefa

Respondido por piettrochef87
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Resposta:

Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel, herdeira do trono no Brasil, assinou a Lei Áurea, que oficialmente extinguiu a escravidão no país. A princesa e seu feito são reverenciados nos livros escolares de história e a data, Dia da Abolição da Escravatura, foi instituída no calendário oficial como algo a ser comemorado. Mas para o movimento negro não há o que festejar.

“Os livros de história colocam a princesa Isabel com heroína, e os negros como finalmente livres. O movimento negro, no entanto, luta para trazer à tona a verdadeira história: de que a abolição só existiu no papel. E a escravidão foi oficialmente abolida não por vontade da princesa, mas porque o sistema econômico na época achava mais rentável ter trabalhadores assalariados livres, contanto que fossem europeus”, ressalta o dirigente sindical Fábio Pereira, integrante do Coletivo de Combate ao Racismo do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

O bancário ressalta que a Lei Áurea não foi acompanhada de políticas sociais necessárias para integrar os ex-escravos à sociedade, como reivindicavam à época os abolicionistas. Dessa forma, eles foram relegados à margem e até os dias de hoje a população negra permanece excluída.

“Depois de muita luta das negras e negros no Brasil Colônia, como a do Quilombo dos Palmares e a revolta dos Malês, por exemplo, a lei Áurea veio, mas veio sem nenhuma reparação moral ou econômica. Não garantiu inclusão social. Muitos permaneceram na própria fazenda onde trabalhavam como escravos por não ter para onde ir, outros largados à própria sorte passaram a ser marginalizados e discriminados, dando início às mazelas que combatemos até hoje: discriminação, pobreza, falta de oportunidades e de trabalho decente para a população negra”, acrescenta Fábio.

Dados do IBGE (PNAD) comprovam: dos 13 milhões de brasileiros desocupados em 2017, 8,3 milhões eram pretos ou pardos, ou seja, 63,7% deles. A Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar 2017 também apontou que o rendimento dos trabalhadores pretos ou pardos era de R$ 1.531,00, enquanto de trabalhadores brancos era de R$ 2.757,00.

O setor bancário também reflete a desigualdade e a discriminação. De acordo com o Censo da Diversidade 2014, os negros correspondem apenas a 3,4% da categoria, e os pardos a 21,4%.

> Definido cronograma para realização do 3º Censo da Diversidade Bancária

O dirigente sindical lembra que a população negra também é a maior vítima de homicídios no país. Segundo o Atlas da Violência 2018, os negros, que representam 54% da população brasileira, são 71,5% das pessoas assassinadas a cada ano no país. Entre 2006 e 2016, a taxa de homicídios de indivíduos não negros (brancos, amarelos e indígenas) diminuiu 6,8%, enquanto que a taxa de homicídios da população negra aumentou 23,1%.

Desmonte de direitos

A secretária-geral do Sindicato, Neiva Ribeiro, ressalta que o desmonte de direitos que está sendo promovido no país desde o golpe de 2016 e que se intensificou no governo Bolsonaro agravará ainda mais as desigualdades sociais e a situação de negras e negros no país.

“A reforma da Previdência não vai apenas penalizar trabalhadores de todos os setores, principalmente os rurais. Não vai apenas aprofundar as desigualdades e injustiças entre homens e mulheres, Vai também aprofundar uma desigualdade histórica que é o empobrecimento do povo negro”, pontua.

> Leia tudo que publicamos sobre a reforma a Previdência do governo Bolsonaro

Neiva destaca que o momento exige muita mobilização. “Neste momento temos que juntar todas as nossas bandeiras para derrotar essa reforma, que é o desmonte de um sistema de previdência público, solidário e universal. Esse sistema não é perfeito, mas pode melhorar a partir de outras propostas dos trabalhadores, não a partir de sua completa destruiçã

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