Artes, perguntado por leorogattiotzi1t, 1 ano atrás

5 Curiosidades das artes Indígenas

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Respondido por larissavitoria201729
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A arte indígena não é uma atividade separada, individualizada. Normalmente, ela se mostra totalmente ligada à vida cotidiana e a elementos rituais, como nas pinturas corporais. Estas fazem com que cada grupo ou tribo indígena se torne diferente de outra. Mesmo assim, muitas tribos, como os karajás, usam a pintura corporal como enfeite.

Uma pintura corporal ou uma dança ritual, por exemplo, bem ou não tão bem executadas cumprem seu papel social. No entanto, a qualidade da pintura e a habilidade do dançarino são avaliadas do ponto de vista artístico. Sem dúvida o pintor ou o dançarino têm suas habilidades reconhecidas pelo grupo e ganham certo prestígio por isso.

A influência da arte indígena se faz sentir hoje onde ainda há ocupação indígena, pois o contato desses grupos com comunidades ribeirinhas, vilas e cidades faz com que estes grupos não índios sejam influenciados pela cultura nativa. Esta situação ocorre com maior frequência nas regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil.

Pintura Corporal

Uma característica marcante dos povos indígenas do Brasil é a pintura corporal, que identifica a classificação social de cada indivíduo em sua etnia. É possível verificar que a pintura exige técnica e depende da habilidade de quem a faz. Entre os cadiuéus, por exemplo, a pintura da face é feita a partir de alguns elementos básicos, como espirais, listras, cruzes etc.

O arranjo destes elementos é livre, podendo alcançar uma infinidade de combinações. Pela liberdade que se tem para combinar estes elementos, a pintura da face se torna uma atividade artística, dependendo da noção estética do pintor. Outro exemplo semelhante é o das mulheres carajás, que se pintam com padrões de desenhos inventados por elas mesmas.

Na pintura corporal, o urucum geralmente é utilizado para extrair a cor vermelha. Do jenipapo, obtém-se um tom de azul bem escuro, quase preto. Além disso, há o pó de carvão para a cor preta e calcário para a cor branca. A pintura pode ser feita com as mãos e os dedos ou pode-se utilizar hastes de palha. Em alguns casos, são feitos carimbos esculpidos em madeira ou outro material para se imprimir os padrões no corpo.

Arte Plumária

Outro importante trabalho indígena é a arte plumária. Nela se constitui trabalhos com plumas e penas de pássaros.  Esses podem ser colares, braceletes, brincos, diademas, toucas, caudas e mantas. Ao contrário do que se imagina, os indígenas não utilizam a arte plumária cotidianamente. Os adornos são usados apenas em rituais e depois guardados. Há grande preocupação dos indígenas em conservar tais adornos.

As penas são obtidas na caça a algumas aves, porém, quando desejam obter penas de cor específica, podem tingir penas brancas com um corante ou utilizam uma técnica chamada tapiragem. A tapiragem consiste em depenar a ave viva e esfregar em sua pele substâncias que influenciam a cor da penugem que irá nascer ou, então, muda-se a alimentação da ave para obter o mesmo efeito.

Cerâmica e Cestaria

A grande maioria de tribos indígenas desenvolvem também a cerâmica e a cestaria. Os cestos são, em sua grande maioria, produzidos a partir de folhas de palmeiras e usados para guardar alimentos. Já na cerâmica, são produzidos vasos (às vezes zoomóficos) e panelas através do barro modelado. Tanto na cerâmica como na cestaria, são usados também a pintura (a mesma de seu corpo) e desenho abstrados para colorir seus trabalhos.


Respondido por othavio33
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Cultura Material. Os Araweté possuem uma cultura material bastante simples, dentro do horizonte tupi-guarani. Isto se pode explicar, em parte, pelo estado constante de alarme e fuga diante de inimigos a que este povo esteve sujeito nas últimas décadas; em parte, pelo trauma do contato. Em sua simplicidade mesma, a cultura material dos Araweté não permite uma aproximação com a de qualquer outro grupo tupi-guarani em particular. A predominância absoluta do cultivo do milho sobre o da mandioca também distingue os Araweté dos demais tupi-guarani amazônicos. Os homens têm barba espessa, que costumam deixar crescer em cavanhaque; andam nus, com apenas um cordão amarrado no prepúcio. As mulheres trazem um costume de quatro peças tubulares (cinta, saia, tipóia-blusa e um pano de cabeça), tecido de algodão nativo e tingido de urucum. Elas portam brincos feitos de peninhas de arara dispostas em forma de flor, pendentes de enfiadas de semente de ciñã, bem como colares desta mesma conta. Os homens usam os mesmos brincos, porém mais curtos. O cabelo é cortado em franja reta na testa até a altura das orelhas, de onde cresce até a nuca dos homens e a espádua das mulheres. A tintura e a cor básica dos Araweté é o vermelho-vivo do urucum, com que cobrem os cabelos e o corpo, untando-os uniformemente. No rosto, porém, podem traçar apenas uma linha horizontal na altura das sobrancelhas, uma ao longo do nariz, e uma linha de cada orelha às comissuras labiais. Este padrão é também usado na decoração festiva, quando é traçado em resina perfumada e recoberto com as penas minúsculas de cotingas de plumagem azul brilhante. A plumagem do gavião-real é grudada nos cabelos. O arco, o chocalho e as vestes femininas. Apesar da austeridade material dos Araweté, eles fabricam três objetos tecnicamente muito elaborados, e que além disto lhes são exclusivos: o arco, o chocalho aray do pajé e a vestimenta feminina.O arco araweté é feito de ipê, e é mais curto, curvo e largo que a maioria dos arcos indígenas brasileiros. Cada tronco de ipê pode servir à fabricação de vários arcos. A madeira era trabalhada com ferramentas de osso e pedra (agora com machados e facões de aço), e é aplainada com um formão feito de dente de cotia, lixada com uma folha áspera até ficar completamente lisa, e por fim cuidadosamente aquecida no fogo e vergada até ganhar forma adequada. Usa-se o leite do coco-babaçu ou a gordura de larvas que vivem nesta palmeira para tornar a madeira mais fácil de curvar.A corda do arco é feita de fibra de curauá, uma bromeliácea cultivada.O chocalho aray de pajelança é um cone invertido trançado de talas de arumã, recoberto de fios de algodão até deixar apenas a parte superior - que é a base do cone - exposta. Um floco de algodão forma um "colarinho" em volta da parte descoberta; ali se inserem quatro ou cinco penas caudais de arara vermelha, dando ao objeto a aparência de uma tocha flamejante. Pedaços de conchas de um caramujo do mato são colocados dentro do cone trançado. O aray produz um som chiante e contínuo; ele é usado pelos pajés para acompanhar os cantos ée para realizar uma série de operações místicas e terapêuticas: trazer os deuses e almas dos mortos à terra para participarem das festas, reconduzir a alma perdida de pessoas doentes, ajudar no tratamento de ferimentos e picadas de animais venenosos.
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