5 características das danças da corte ?
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As danças da corte destacam-se pela pompa, luxo e exibição. A valsa vienense, típica de competições de dança, chama atenção pela pose dos pares. Curiosamente, um estudo histórico sugere que este estilo aristocrática de dança surgiu, na verdade, de tradições populares da Alemanha.
Na idade média, os passos das danças e as técnicas eram ensinadas de pessoa para pessoa. Não existem testemunhos escritos sobre danças populares nos poucos livros que sobreviveram daquela época. Eles mencionam apenas nomes de danças típicas da corte. Existem ainda algumas ilustrações, várias pinturas, algumas poucas estátuas e o figurino.
Apesar da pouca informação remanescente, é certo que existiam na Alemanha medieval danças populares não religiosas. As pessoas dançavam normalmente em círculo (em torno dos músicos), ou de mãos dadas (algo semelhante com uma ciranda) ou fazendo passos ou saltos mais ou menos coreografados. Havia também as danças em fila (parecido com uma quadrilha). Homens e mulheres dançavam em momentos diferentes, nunca justos. A dança masculina costumava ser mais rápida e mais elaborada, também com utensílios (por exemplo, espadas, enxadas). Quando não havia músicos, as próprias pessoas cantavam.
No início do renascimento, no século 16, surgiu uma nova profissão: os “mestres de dança”. Hoje, chamaríamos estas pessoas de “coreógrafos”. Eles estudavam e ensinavam os passos das danças típicas de sua região. Também produziram livros e muitas ilustrações. Diferente dos mestres de música, que utilizaram uma notação clara e comum para anotar a música em papel (a partitura), os mestres de dança não conseguiram chegar a um acordo. Assim, cada livro utilizou uma simbologia diferente, o que dificulta seu entendimento .
Um dos primeiros registros dos mestres é uma dança chamada “Allemande”, bastante comum nas cortes da França, da Espanha e da Inglaterra. Allemande é um nome francês, que significa dança “da Alemanha”, sugerindo que a corte europeia do século 16 sofreu forte influência do estilo popular alemão. Diferente do estilo original, a dança foi adaptada para homens e mulheres dançam em pares.
A Allemande é uma dança formada por duas partes. Na primeira, os músicos tocavam melodia lenta de 4 tempos, enquanto os pares dançavam em círculo ou em fila e de forma coreografada (parecido com a dança popular alemã). A segunda parte é uma valsa rápida, onde os pares dançam de forma independente, improvisando figuras com os braços que poderiam ser bastante complicadas (eu ousaria dizer que as ilustrações desta dança lembram o forró). Bach e Händel criaram várias músicas para este estilo de dança.
No século 18, os “Menuentos” conquistam espaço nas danças da corte. Mas a Allemande cai no gosto popular no sul da Alemanha e na Áustria. Sem as regras rígidas da corte, a Allemande sofre várias alterações, tanto no estilo da música, como no da dança. Predomina a valsa da segunda parte, que passa a ser dançada por pares (casais) girando individualmente. Este novo estilo é então chamado de “Teutscher Tanz” (hoje é escrito como “Deutscher Tanz”), que em alemão (ou austríaco) significa nada menos que “dança alemã”. Hoje, nas capas de discos, utiliza-se o nome em inglês, ou seja “German dance”.
Devido à proximidade durante a dança de casais, postura considerada imoral e inadequada, e o perigo de contato físico entre as pessoas, estados da Alemanha e da Áustria promulgaram em 1760 e 1772 várias leis contra as danças “valsantes”.
No entanto, estas proibições surgiram o efeito contrário esperado pela ala conservadora da sociedade. No contexto da Revolução Francesa, a população e a burgesia escolheram a Dança Alemã como uma das formas de contrariar os ideais da nobreza e da igreja.
Os imperadores “esclarecidos” (aqueles que tentaram conciliar as exigências da burgesia, mas sem prejudicar os privilégios da nobreza e do clero), aceitam novamente a Dança Alemã em festas da corte. Em 1790, Joseph II, imperador da Áustria, chega a contratar os melhores compositores e músicos para criar novas Danças Alemãs. Entre os compositores que se destacaram estão Haydn, Mozart e Beethoven. No mesmo período, Franz Peter Schubert também compõe várias valsas denominadas “Deutscher Tanz”, hoje conhecidos como “German Dance”.
No Congresso de Viena (1815), a “Dança Nacional Alemã” ganha aceitação internacional, tornando-se a principal dança social do século 19. Com advento de novos instrumentos e composições mais elaboradas, a Dança Alemã evolui, aos poucos, para a “Valsa Vienense”.
Na idade média, os passos das danças e as técnicas eram ensinadas de pessoa para pessoa. Não existem testemunhos escritos sobre danças populares nos poucos livros que sobreviveram daquela época. Eles mencionam apenas nomes de danças típicas da corte. Existem ainda algumas ilustrações, várias pinturas, algumas poucas estátuas e o figurino.
Apesar da pouca informação remanescente, é certo que existiam na Alemanha medieval danças populares não religiosas. As pessoas dançavam normalmente em círculo (em torno dos músicos), ou de mãos dadas (algo semelhante com uma ciranda) ou fazendo passos ou saltos mais ou menos coreografados. Havia também as danças em fila (parecido com uma quadrilha). Homens e mulheres dançavam em momentos diferentes, nunca justos. A dança masculina costumava ser mais rápida e mais elaborada, também com utensílios (por exemplo, espadas, enxadas). Quando não havia músicos, as próprias pessoas cantavam.
No início do renascimento, no século 16, surgiu uma nova profissão: os “mestres de dança”. Hoje, chamaríamos estas pessoas de “coreógrafos”. Eles estudavam e ensinavam os passos das danças típicas de sua região. Também produziram livros e muitas ilustrações. Diferente dos mestres de música, que utilizaram uma notação clara e comum para anotar a música em papel (a partitura), os mestres de dança não conseguiram chegar a um acordo. Assim, cada livro utilizou uma simbologia diferente, o que dificulta seu entendimento .
Um dos primeiros registros dos mestres é uma dança chamada “Allemande”, bastante comum nas cortes da França, da Espanha e da Inglaterra. Allemande é um nome francês, que significa dança “da Alemanha”, sugerindo que a corte europeia do século 16 sofreu forte influência do estilo popular alemão. Diferente do estilo original, a dança foi adaptada para homens e mulheres dançam em pares.
A Allemande é uma dança formada por duas partes. Na primeira, os músicos tocavam melodia lenta de 4 tempos, enquanto os pares dançavam em círculo ou em fila e de forma coreografada (parecido com a dança popular alemã). A segunda parte é uma valsa rápida, onde os pares dançam de forma independente, improvisando figuras com os braços que poderiam ser bastante complicadas (eu ousaria dizer que as ilustrações desta dança lembram o forró). Bach e Händel criaram várias músicas para este estilo de dança.
No século 18, os “Menuentos” conquistam espaço nas danças da corte. Mas a Allemande cai no gosto popular no sul da Alemanha e na Áustria. Sem as regras rígidas da corte, a Allemande sofre várias alterações, tanto no estilo da música, como no da dança. Predomina a valsa da segunda parte, que passa a ser dançada por pares (casais) girando individualmente. Este novo estilo é então chamado de “Teutscher Tanz” (hoje é escrito como “Deutscher Tanz”), que em alemão (ou austríaco) significa nada menos que “dança alemã”. Hoje, nas capas de discos, utiliza-se o nome em inglês, ou seja “German dance”.
Devido à proximidade durante a dança de casais, postura considerada imoral e inadequada, e o perigo de contato físico entre as pessoas, estados da Alemanha e da Áustria promulgaram em 1760 e 1772 várias leis contra as danças “valsantes”.
No entanto, estas proibições surgiram o efeito contrário esperado pela ala conservadora da sociedade. No contexto da Revolução Francesa, a população e a burgesia escolheram a Dança Alemã como uma das formas de contrariar os ideais da nobreza e da igreja.
Os imperadores “esclarecidos” (aqueles que tentaram conciliar as exigências da burgesia, mas sem prejudicar os privilégios da nobreza e do clero), aceitam novamente a Dança Alemã em festas da corte. Em 1790, Joseph II, imperador da Áustria, chega a contratar os melhores compositores e músicos para criar novas Danças Alemãs. Entre os compositores que se destacaram estão Haydn, Mozart e Beethoven. No mesmo período, Franz Peter Schubert também compõe várias valsas denominadas “Deutscher Tanz”, hoje conhecidos como “German Dance”.
No Congresso de Viena (1815), a “Dança Nacional Alemã” ganha aceitação internacional, tornando-se a principal dança social do século 19. Com advento de novos instrumentos e composições mais elaboradas, a Dança Alemã evolui, aos poucos, para a “Valsa Vienense”.
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