5- As ciências sociais, o que superam?
Soluções para a tarefa
Analisa-se a produção intelectual das ciências sociais e humanas em Saúde a partir de 498 artigos e resenhas de livros selecionados em oito periódicos de Saúde Pública/Saúde Coletiva, registrados na base eletrônica de dados SciELO no período 1997 a 2007, através de palavras-chave. Os textos foram selecionados através de critérios de uma listagem de 1.926 artigos identificados. Os temas pesquisados e suas proporções no conjunto da literatura foram: política e instituições de saúde, 32,5%; saúde e doença, 18,5%; gênero e saúde, 16,5%; violência e saúde, 9%; velhice e envelhecimento, 4,0%%; recursos humanos, profissões e formação, 7,5%; produção social das ciências e das técnicas, 7,0% e educação e comunicação em saúde, 4,0%. Os resultados apontam a expansão da produção acadêmica; concentração de 50% dos textos nos dois primeiros assuntos; uso de teorias de médio alcance; das mediações e de teorias e metodologias combinadas; incipiente interdisciplinaridade entre ciências sociais e ciências da vida; abordagens disciplinares. Recomenda-se a discussão de uma agenda de investigação multicêntrica, capaz de diversificar e aprofundar temas sobre condições de saúde e mudanças sociais; a política e serviços de saúde; a formação profissional e conhecimento e tecnologias.
Palavras-chave: Ciências sociais e humanas em saúde, Produção acadêmica, Saúde coletiva
As Ciências Sociais englobam disciplinas que estudam as sociedades humanas, sua cultura, suas formas de organizações e suas especificidades.
Tem o objetivo de estudar questionamento sobre o ser humano e suas relações
As Ciências Sociais compreende um grupo de disciplinas inseridas no campo das ciências humanas: a Antropologia, a Sociologia e a Ciência Política. Além delas, Filosofia, a Geografia, a Economia e a História, Administração, Ciências contábeis.
As origens do pensamento sobre o social: Muitas espécies que habitam o planeta terra vivem em comunidades organizadas, nestas comunidades são dadas as condições básicas de sobrevivência e perpetuação das espécies, que possibilitam a reprodução, defesa contra predadores e sua evolução natural.
Animal se associa por instinto, reproduzir, se defender, se perpetuar, ele não transforma a natureza para atendimento de suas necessidades.
O homem diferentemente dos outros animais que vivem em grupos, é capaz de aprender com suas relações com o meio ambiente e criar condições de sobrevivência através de aprendizado, transforma o meio onde vive , cria regras e métodos que dependem de um aprendizado organizado e reflexivo para todo o grupo, aprende trabalhar, comerciar, administrar, governar. O ser humano aprende com os outros membros do grupo, troca experiência, se desenvolve socialmente, busca o conhecimento racional para entender sua origem e existência, é capaz de transmitir suas experiências e fazer a interpretação da realidade por uma série de símbolos e códigos intencionalmente criados para traduzir o meio onde vive.
A ilustração e a sociedade contratual: Movimento filosófico que se desenvolve a partir do Renascimento reforça a sociedade burguesa, começou a reforçar a ideia sobre o liberalismo, o capitalismo, a organização social voltada para a produção agrícola, industrial, a disputa entre a cidade e o campo, conhecimento científico, reforçando cada vez mais a laicidade de vida social.
O Renascimento também é chamado de humanismo, pois se busca recuperar os valores humanistas das sociedades greco-romanas e valorizar as ações humanas em oposição a uma postura contemplativa.
A Utopia defende a igualdade e a concórdia entre os homens. Concebe um modelo de sociedade no qual todos têm as mesmas condições de vida e executam em rodízio os mesmos trabalhos.
Maquiavel em sua obra O Príncipe, publicada em 1532, afirmava que o destino de uma sociedade depende da ação dos governantes. Analisou as condições para um governante fazer conquistas, reinar e manter-se no poder. A importância dessa obra reside no tratamento dado ao poder, que passa a ser visto a partir da razão e da habilidade do governante para se mantiver nele, separando a análise do exercício do poder da ética.
A teológica, a metafísica e a científica. Concebia a fase teológica como aquela em que os homens recorriam à vontade de deus para explicar os fenômenos da natureza. A segunda fase, o homem já seria capaz de utilizar conceitos abstratos, mas é somente na terceira base, que corresponde à sociedade industrial, que o conhecimento passa a se pautar na descoberta de leis objetivas que determinam os fenômenos.
O conceito de nação, como forma de organização, a soberania nacional, o Estado como um instrumento da sociedade e não mais a serviço de um monarca, o principio da representatividade política e as relações de classe sociais.
O conhecimento organizado e objetivado é uma característica única do ser humano, que com seu espírito especulativo permite a construção de um pensamento social, ou seja, conviver em grupos organizados e evoluir como espécie, construir organizações sociais, construir o conhecimento científico.
O pensamento científico se opõe a pensamento religioso com força cada vez maior, colocando para a sociedade da época um movimento contra a Igreja denominado anticlericalismo, muitos filósofos se destacaram nesta desconstrução do pensamento religioso.
O método científico é o instrumento que proporciona o rigor na construção do conhecimento.
Voltaire foi o principal pensador, divulgou suas ideias sobre ética, se posicionou contra a inquisição e moveu processos judiciais contra a Igreja Católica, a fim de rever condenações da inquisição. Voltaire foi um grande defensor da ética e do direito do indivíduo é atribuída a ele a famosa frase sobre limites do direito e da liberdade.
O Renascimento: O Renascimento é um movimento filosófico e artístico que tem seu início por volta do século XV, que promove uma ruptura como o mundo medieval onde as estruturas sociais estavam sedimentadas numa sociedade agrária, estamental, teocrática, e fundiária.
A estrutura social se altera completamente em relação à estrutura medieval, a relação social dos indivíduos até então baseada no clã e na propriedade fundiária rural dos feudos e na relação senhor-servo sustentada pela religião que estabelecia uma hierarquia imutável e determinista, vai agora ser substituída pelo individualismo, e pelo nacionalismo.