História, perguntado por Jayanesousa4839, 10 meses atrás

5-A guerra ficou conhecida como uma guerra de trincheiras. Combater significava ficar sentado num buraco apertado e lamacento – com todo o sentimento de terror e impotência – enquanto choviam explosivos do céu. Ali surgiu também um novo tipo de distúrbio, a neurose de guerra. Os sintomas, que iam da ansiedade às alucinações, foram considerados inicialmente como resultado de danos cerebrais causados pelo barulho das explosões de granadas.Nosso Tempo – A cobertura jornalística do século. Jornal da Tarde, 1995. Adaptado

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Respondido por vandoelectrop5lplb
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Resposta:

A Primeira Guerra Mundial começou em julho de 1914, na modalidade de “guerra de movimento”, isto é, a grande movimentação das tropas de ambos os lados do conflito (Tríplice Aliança e Tríplice Entente) com vistas à invasão e ocupação rápida dos territórios inimigos. Porém, esse avanço – que durou ao longo de praticamente todo o ano de 1914 – começou a ser refreado em 1915, quando os estrategistas passaram a privilegiar a defesa das posições conquistadas. Essa fase de defesa das posições ficou conhecida como “guerra de posição”, mas também levou o epíteto de “guerra de trincheiras”, já que as trincheiras – que eram longos corredores de valas cavadas no solo – serviam como “cordões” demarcadores dessas posições.

Explicação:

O general alemão Erich von Falkenhayn ficou famoso por ter elaborado definições para a “guerra de trincheiras”. Segundo ele, o “primeiro princípio da guerra de posição deve ser o de não ceder nem um centímetro de terreno; e, no caso de perdê-lo, retomá-lo imediatamente por meio do contra-ataque, mesmo à custa do último homem”. Isso explica os motivos pelos quais a guerra tornou-se tão mortífera a partir de 1915. A vida nas trincheiras era absolutamente extenuante e insalubre para os soldados. Além disso, os constantes bombardeamentos com balas de canhão, o uso de gases tóxicos e os vários erros táticos por parte dos dois lados da guerra provocaram um índice de mortandade muito grande, sobretudo em batalhas como a de Ypres e de Somme.

As dinâmicas das batalhas durante a “guerra de trincheiras” obedeciam ao critério do avanço lento da infantaria – que saía das trincheiras em dia e horário determinado pelo alto-comando – sobre a chamada “terra de ninguém”, o espaço interposto entre as duas posições inimigas. Ocorre que os buracos no solo causados pelos bombardeamentos, a chuva, a neve e os cadáveres apodrecidos tornavam essas “terras de ninguém” em um cenário de terror. Por outro lado, na medida em que os soldados avançavam sobre as linhas inimigas, as metralhadoras automáticas estraçalhavam-nos como papel.

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