47Cresce entre muitos o erro perniciosíssimo de que o valor da Escritura decorre da vontade da Igreja, como se dependesse do arbítrio humano a eternal e inviolável verdade de Deus, pois, com grande desprezo pelo Espírito Santo, perguntam: quem nos fará aer que provém de Deus? Como nos certificamos de que chegou salva e intacta aos nossos dias? Quem pode nos persuadir de que este livro deve ser recebido com reverência e outro expurgado? Exceto que, acerca disso, a regra seja presaita pela Igreja?CALVINO, J. A instituição da religião cristã Tradj Editora Unesp, São Paulo:2007, tomo I, p. 71.0 texto adma refere-seA à perspectiva reformista de salvaçào humana pelo conjunto das obras e pelo conhecimento da Bíblia.B à afirmação do papel da Igreja como orientador do conhecimento divino ecomo base para a salvação.C ao livre arbítrio como guia para o conhecimento de Deus e como validação dos escritos sagrados.D ã valorização da verdade inserida nas Sagradas Escrituras e ã crítica ã intermediação da Igreja.E ao culto aos santos e ao Espírito Santo como caminho para a compreensão dos desígnios de Deus.
Soluções para a tarefa
Calvino, como protestante, era contrário à prática católica de estabelecer uma mediação entre as Escrituras e os fiéis, que foram proibidos, por séculos, de ler o seu livro sagrado, que nem mesmo poderia ser traduzido em língua comum, e favorável à prática carismática, um contato "direto", pessoal, com a fé, de modo que cada cristão deveria praticar o cristianismo não por intermédio de alguém, mas diretamente.
Como era um adepto da teoria da predestinação, não acreditava que as boas obras poderiam salvar uma alma, que só poderia ser salva se Deus houvesse designado esta alma para a salvação no momento de seu nascimento, de modo que é correta a alternativa D.
Resposta:
Letra D
Explicação:
Neste excerto, Calvino argumenta a favor da autoridade contida nos textos sagrados do cristianismo, que deveriam ser lidos diretamente pelos fiéis para fortalecimento de sua fé individual. Assim, ao mesmo tempo, Calvino critica a atuação do clero católico como intermediário espiritual dos devotos, monopolizando a leitura da Bíblia, asseverando que não era a autoridade do sacerdote que conferia efeito de verdade ao texto bíblico, ao contrário, a verdade estava no próprio texto, uma vez que, segundo a doutrina cristã, era uma revelação divina.