4) relacione o desmatamento aos campos de futebol?
me ajudem porfavor!!
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Resposta:
O desmatamento no Brasil é um dos grandes problemas ambientais que o país enfrenta na atualidade. Várias são suas causas, e elas têm peso distinto nas diversas regiões, sendo as mais importantes a conversão das terras para a agricultura ou para a pecuária, a exploração madeireira, a grilagem de terras, a urbanização e a criação de infraestruturas como pontes, estradas e barragens. Os estados do Mato Grosso, Pará e Rondônia são os mais atingidos pelo desmatamento recente.
Perda de cobertura de árvores no período de 2001 a 2018, marcada em vermelho, com dados do Global Forest Watch / Resource Watch (Mapa interativo aqui). Áreas mais azuis mostram ganho de cobertura de árvores, mas a maior parte desse ganho ocorre por reflorestamento com espécies exóticas e invasivas, como os Pinus e Eucalyptus.
Imagem de satélite mostrando o desmatamento em uma região do Mato Grosso, o estado brasileiro que sofre com as perdas recentes mais agudas.
Desde que o homem chegou ao atual território do Brasil, há milhares de anos, passou a produzir impacto ambiental em ciclos repetidos de desmatamento. Mudanças climáticas também devem ter provocado importantes rearranjos nas composições florestais de amplas regiões, mas o conhecimento do processo em épocas tão recuadas é muito incompleto. A partir da conquista portuguesa em 1500 os dados começam a ser mais abundantes, atestando que muitas florestas caíram, especialmente no litoral, para retirada de madeiras e uso agropecuário da terra. De lá para cá o problema se agravou profundamente. Estima-se que o país tinha originalmente cerca de 90% da sua área coberta por formações florestais variadas, o restante constituído de campos, mas em 2000 a proporção total havia baixado para 62,3%. Regionalmente a situação é ainda mais preocupante. Alguns biomas específicos tiveram reduções muito maiores, especialmente a Mata Atlântica, uma das florestas mais ricas em biodiversidade do mundo, da qual hoje resta menos de 13%, e em estado altamente fragmentado, o que acentua sua fragilidade.
Desde os anos 1970 o desmatamento vem ganhando crescente evidência nas mídias e vem sido combatido por crescente número de cientistas, artistas, filósofos, juristas, educadores, ambientalistas e outros agentes, desencadeando uma vasta polêmica pública que nos últimos anos se exacerbou de maneira intensa. As pesquisas científicas e as iniciativas independentes para um desenvolvimento sustentável se multiplicam, o governo tem investido recursos no setor, mas isso tem sido muito pouco para assegurar uma mudança definitiva em direção à sustentabilidade, e o governo tem sido duramente criticado por desencadear retrocessos graves em vários níveis que anulam os ganhos. Na década de 2000 o Brasil apresentou uma nítida tendência de redução na taxa anual de perdas. No entanto, continuava o líder mundial, seguido pela Indonésia e a Austrália. A partir de 2013 o ritmo da devastação voltou a crescer rapidamente, pondo a perder os avanços conquistados na década anterior.
O desmatamento não é um problema ambiental isolado. Ele está intimamente ligado a outros danos ecossistêmicos, como o declínio da biodiversidade, a poluição, a invasão de espécies exóticas e o aquecimento global, e essa interação os reforça mutuamente, gerando efeitos negativos que são muitas vezes irreversíveis. Mais do que isso, o desmatamento no Brasil tem sido repetidamente associado ao crescimento da violência no campo, ao êxodo rural, à corrupção política e institucional, às migrações, à desintegração de comunidades indígenas e tradicionais, ao empobrecimento cultural, a problemas de saúde pública e outras questões de ampla repercussão, além de acarretar importantes prejuízos econômicos. O problema é grave no Brasil, tem raízes culturais antigas e muitas ramificações, e não parece estar perto de uma solução definitiva, enfrentando maciça pressão de setores conservadores e do agronegócio. Os especialistas afirmam que são necessárias medidas muito mais enérgicas de combate, que levem em consideração os dados científicos antes do que os interesses políticos e econômicos, e que incluam uma educação da sociedade em larga escala, pois grande parte do problema deriva da escassa informação do público em geral sobre a decisiva influência dos seus hábitos e formas de pensamento e vida na degradação das florestas e de todo o meio ambiente, e sobre as repercussões negativas em larga escala que disso derivam, em prejuízo tanto da natureza como da qualidade de vida das pessoas.
Resposta:
Os telejornais fazem comparações. Eles comparam o número de hectares desmatados e equivalem ao tamanho de campos de futebol. Funciona como um parâmetro simples, para as pessoas entenderem o dano causado.