4: QUAL É A DANÇA QUE NÃO SE ENCONTRA SEMELHANÇAS COM NENHUMA OUTRA MANIFESTAÇÃO NO BRASIL E SUA ORIGEM AINDA É UM MISTERIO.
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Resposta:
A Dança dos Mascarados não encontra semelhanças com nenhuma outra manifestação no Brasil e sua origem ainda é um mistério, porém a origem pode estar ligada aos índios que habitavam a região.
espero ter ajudado :)
Sobre a origem da Dança dos Mascarados de Poconé, não há uma só versão, acredita-se que a manifestação é de origem indígena, através dos Beripoconés, assim eram nominados os indígenas dessa região. Embora haja pouco material contendo informações sobre ela, vale mencionar que se trata de uma manifestação religiosa e Profana, realizada em Festas de São Benedito, Festa do Divino Espírito Santo e Noite de iluminação.
A despeito disso, Figueiredo (2006), explica que todas estas festas que envolvem a religiosidade e a profana, configuram ambiente favorável à presença da Dança dos Mascarados de Poconé. Em Poconé, por muito tempo o cortejo foi uma das ações realizadas pelos mascarados descritas como fragmento ficcional da realidade, presente nas histórias e lembranças da comunidade. A movimentação do cortejo era considerada um momento especial, contava com o envolvimento e participação dos moradores, a ação era extraordinária nas atividades do grupo, realizada como parte das festividades do Divino. O cortejo era combinado e organizado previamente entre os dançantes e partilhado com a comunidade, todos podiam participar, cada indivíduo desempenhando um papel no processo no qual os elementos são recombinados. (SANTOS; HOFFMANN; JESUS, 2018).
Cabe mencionar que constituem elementos importantes da Dança dos Mascarados de Poconé personagens como o Galã (ou Galão) e as Damas; o Marcante (Sr. Daniel Martins Leão); as Máscaras e a Indumentária completa. A Banda que integra a manifestação tem como instrumentos usados na execução da sonoplastia da dança Saxofone, Tuba, Pistões, Pratos e Tambores.
No que se refere à execução propriamente dita da dança, é importante esclarecer que a apresentação é configurada mediante uma sequência pré-determinada. Tal sequência do espetáculo acontece na seguinte ordem: Entrada ou Cavalinho, Primeira, Segunda, Trança Fitas, Joaquina, Arpejada, Caradura, Maxixe de Humberto, Carango, Lundu, Vilão e Retirada. Embora todos os momentos da apresentação sejam importantes, cabe destacar que o “Trança Fitas” (semelhante à dança do Pau de Fitas, em alguns lugares) e a “Arpejada” são, geralmente, as mais esperadas da noite por parte do público espectador, devido à sua energia e vivacidade.
Segundo Amaral (2015, p. 103), após a dança das fitas, o grupo segue com apresentações e exibições de outras peças, como Lundu, damas de um lado, galãs de outro. E em seguida juntam-se os pares e rodam num círculo imaginário trocando de pares. Em cada peça formam-se novos passos e posicionamentos dos dançantes. Formações diferentes vão se formando: círculos, fileiras e aos pares, unidos pelos braços ou por lenços. Essa diversidade torna a apresentação mais atrativa.
A partir destas informações e características aqui apresentadas, reiteramos o interesse em seguir pesquisando tal manifestação folclórica brasileira, reforçando que a investigação ainda está em processo. Também cabe mencionar nossa preocupação em que a referida dança possa ser registrada e difundida, de modo que não seja esquecida.