4. O fragmento abaixo pertence ao conto O alienista, publicado entre 1881 e 1882. por Machado de Assis, e
tematiza a loucura, um dos assuntos tratado pelo autor em outras obras suas.
"Mas o ilustre médico, com os olhos acesos da convicção científica, trancou os ouvidos à saudade da
mulher, e brandamente a repeliu. Fechada a porta da Casa Verde, entregou-se ao estudo e à cura de si
mesmo. Dizem os cronistas que ele morreu dali a dezessete meses, no mesmo estado em que entrou, sem
ter podido alcançar nada. Alguns chegam ao ponto de conjeturar que nunca houve outro louco além dele em
Itagual, mas esta opinião, fundada em um boato que correu desde que o alienista expirou, não tem outra
prova senão o boato, e boato duvidoso, pois é atribuído ao padre Lopes, que com tanto fogo realçara as
qualidades do grande homem. Seja como for, efetuou-se o enterro com muita pompa e rara solenidade."
ASSIS, Machado de alta 9. ad Sto Paulo Atiem. 1992. p. 56
A respeito de fragmento e do conto a que esse pertence é correto afirmar:
(A) O narrador coloca-se distante do tempo e do espaço do enredo, não apenas para garantir
verossimilhança ao texto. objetivo da estética naturalista, mas também para disfarçar sua admiração pelo
cientista Simão Bacamarte.
(B) A Casa Verde havia sido fechada pelos revoltosos da cidade, conhecidos por Canjicas e
liderados pelo barbeiro Porfirio, que a tomara após um episódio descrito em páginas sangrentas, bem ao
gosto do Naturalismo,
(C) Simão Bacamarte trancou-se na Casa Verde para curar-se porque, antes, havia trancado la
quase toda a população de Itaguai como louca; ironia machadiana que o retrata como um obsessivo, a
perseguir os princípios mal assentados de sua ciência.
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