4. Muitos reinos bantos resistiram bravamente à expansão europeia em seus territórios. Dentre eles, o reino Ngola (ou Ndongo) que se encontra na região da atual Angola, com sua rainha Nzinga Mbandi (1583-1663).
Qual foi a causa dessa expansão europeia nos reinos bantos? Que tipo de
atividade econômica nos reinos bantos interessava aos europeus?
Podem me ajudar por favor?
Soluções para a tarefa
Resposta:
A história não é tão simples e dual como a própria pergunta dá a entender
Explicação:
Neste período de tempo, século 16 e 17, os poderes expansionistas europeus se limitava as Américas e ao Norte da África. Neste região especifica da África, na Angola, já haviam poderes locais bem consolidados e um organização social complexa, exércitos e uma população numerosa.
Era uma impossibilidade europeus dominarem aquele região pela força neste período, se restringindo a feitorias e pequenas colonias (onde vários adoeciam) portanto, lhes sobrava a diplomacia, Portugal especificamente, tinha ótimas relações com alguns reis bantos, a ponto deles se converterem ao cristianismo e trocarem cartas diretamente com reis portugueses. Mas também havia monarcas que de fato pegavam em armas, como no caso de Nzinga Mbandi, que infligiu perdas de centenas aos portugueses que colonizavam próximos.
Em um primeiro interesse, Portugal muito provavelmente se interessou nas riquezas locais como prata, cobre e sal; mas foi frustado tanto pela belicidade de alguns reis, quanto a descoberta que estes recursos esperados não eram presentes como o imaginado, mas eles rapidamente se voltaram a outra riqueza local, mão de obra.
Os portugueses tinham pouco controle sobre a captura de escravos. A apreensão e o comércio em território de Angola eram fortemente centralizados pelo ngola Mbandi, o rei ambundo, irmão de Nzinga. Ele cobrava dos portugueses tributos e taxas e proibia-lhes o acesso ao interior do reino e a compra direta de escravos.
Como explicado pelo Portal Geledés com o titulo "Nzinga, a rainha negra que combateu os traficantes portugueses"
"Os portugueses tinham pouco controle sobre a captura de escravos. A apreensão e o comércio em território de Angola eram fortemente centralizados pelo ngola Mbandi, o rei ambundo, irmão de Nzinga. Ele cobrava dos portugueses tributos e taxas e proibia-lhes o acesso ao interior do reino e a compra direta de escravos."
"As vendas de escravos eram fiscalizadas e só podiam ser feitas por lote, não permitindo ao traficante escolher as “peças” que lhe interessavam. O ngola mandava incluir, no lote, negros idosos, doentes ou com defeitos físicos de difícil colocação no mercado escravo de Luanda. Os que desrespeitavam as regras e os costumes locais eram punidos com o confisco da mercadoria, prisão, expulsão, açoites e até morte."
A própria Nzinga Mbandi ao mesmo tempo que se utilizou de guerra aberta contra os portugueses por não se retirarem das terras com suas feitorias e pequenas colônias (que sofriam com as doenças e o clima local), também se utilizou de sua astúcia, aprendendo a língua portuguesa e até mesmo se convertendo sob o nome de Ana de Souza, antes das escaramuças, a mesma tentou as vias diplomáticas.