4. (Fuvest-SP) Ao cabo, era um lindo garção, lindo e audaz, que entrava na vida de botas e esporas, chicote na mão e sangue nas veias, cavalgando um corcel nervoso, rijo, veloz, como o corcel das antigas baladas que o romantismo foi buscar ao castelo medieval, para dar com ele nas ruas do nosso século. O pior é que o estafaram a tal ponto, que foi preciso deitá-lo à margem, onde o realismo o veio achar, comido de lazeira e vermes, e, por compaixão, o transportou para os seus livros. a) É possível considerar o texto como uma apologia do Realismo? Justifique sua resposta. b) Que tem o Romantismo brasileiro a ver com a Idade Média? Exponha seu ponto de vista a respeito do problema.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Oiii, tudo bem?
a) Sim, pois considera os clichês românticos esgotados e apresenta o ponto de vista realista.
b) Ao seguir o modelo europeu, o Romantismo brasileiro também busca uma fuga no tempo buscando os primórdios da nacionalidade brasileira e exaltando a figura do índio, idealizado à maneira de um cavaleiro medieval.
Explicação:
Em relação ao romantismo e como essa escola se configurou no Brasil, podemos afirmar que:
a) Sim, pois no texto há uma defesa de se olhar de forma mais objetiva para a realidade, de modo que considera os clichês românticos como esgotado o que pode ser comprovado pelo seguinte trecho: "onde o realismo o veio achar, comido de lazeira e vermes"
b) O romantismo brasileiro, por mais que buscasse criar uma identidade nacional, usava de padrões europeus presentes na Idade Média, de modo que podemos ver um exemplo disso, na descrição do Índio, semelhante ao cavaleiro medieval, sendo caracterizado como alguém corajoso, defensor da nação e virtuoso.
O Romantismo no Brasil:
O Romantismo, foi uma corrente artística literária que nasceu no continente Europeu. Ela chegou ao Brasil após o processo de independência de Portugal. Ele se organiza através da subjetividade e idealização da realidade.
Podemos encontrar esses elementos presentes nas seguintes obras literárias:
- Iracema, José de Alencar
- Canção do Exílio (1846), de Gonçalves Dias
- Juca-Pirama (1851), de Gonçalves Dias
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