Português, perguntado por deamarcos, 1 ano atrás

4 exemplos de soneto ,e qual suas semelhanças entre as estruturas

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Respondido por relampagomaquin1
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Aqui Alguns Exemplos De Sonetos 

A Vingança da Porta 

Era um hábito antigo que ele tinha: 
Entrar dando com a porta nos batentes. 
- Que te fez essa porta? a mulher vinha 
E interrogava. Ele cerrando os dentes: 

- Nada! traze o jantar! - Mas à noitinha 
Calmava-se; feliz, os inocentes 
Olhos revê da filha, a cabecinha 
Lhe afaga, a rir, com as rudes mãos trementes. 

Urna vez, ao tornar à casa, quando 
Erguia a aldraba, o coração lhe fala: 
Entra mais devagar... - Pára, hesitando... 

Nisto nos gonzos range a velha porta, 
Ri-se, escancara-se. E ele vê na sala, 
A mulher como doida e a filha morta. 

Alberto de Oliveira 
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Pálida, à luz da lâmpada sombria, 
Sobre o leito de flores reclinada, 
Como a lua por noite embalsamada, 
Entre as nuvens do amor ela dormia! 

Era a virgem do mar! na escuma fria 
Pela maré das águas embalada! 
Era um anjo entre nuvens d'alvorada 
Que em sonhos se banhava e se esquecia! 

Era mais bela! o seio palpitando... 
Negros olhos as pálpebras abrindo... 
Formas nuas no leito resvalando... 

Não te rias de mim, meu anjo lindo! 
Por ti - as noites eu velei chorando, 
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo! 

Álvares de Azevedo 
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Para cantar de amor tenros cuidados, 
Tomo entre vós, ó montes, o instrumento; 
Ouvi pois o meu fúnebre lamento; 
Se é, que de compaixão sois animados: 

Já vós vistes, que aos ecos magoados 
Do trácio Orfeu parava o mesmo vento; 
Da lira de Anfião ao doce acento 
Se viram os rochedos abalados. 
Bem sei, que de outros gênios o Destino, 
Para cingir de Apolo a verde rama, 
Lhes influiu na lira estro divino: 

O canto, pois, que a minha voz derrama, 
Porque ao menos o entoa um peregrino, 
Se faz digno entre vós também de fama. 

Cláudio Manuel da Costa 
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Só a leve esperança, em toda a vida, 
Disfarça a pena de viver, mais nada; 
Nem é mais a existência, resumida, 
Que uma grande esperança malograda. 

O eterno sonho da alma desterrada, 
Sonho que a traz ansiosa e embevecida, 
É uma hora feliz, sempre adiada 
E que não chega nunca em toda a vida. 

Essa felicidade que supomos, 
Árvore milagrosa que sonhamos 
Toda arreada de dourados pomos, 

Existe, sim: mas nós não a alcançamos 
Porque está sempre apenas onde a pomos 
E nunca a pomos onde nós estamos. 

Vicente de Carvalho 

Soneto (do italiano sonetto, pequena canção ou, literalmente, pequeno som) é um poema de forma fixa, composto por catorze versos. 

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