4- Com o capitalismo de consumo, o hedonismo se impôs como um valor supremo e as satisfações
mercantis, como o caminho privilegiado da felicidade. Enquanto a cultura da vida cotidiana for
dominada por esse sistema de referência, a menos que se enfrente um cataclismo ecológico ou
econômico, a sociedade de hiperconsumo prosseguirá irresistivelmente em sua trajetória."
(LIPOVETSKY, G. A felicidade paradoxal. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 367)
A partir do trecho acima, escreva um texto sobre o que é necessário para ser feliz. Um detalhe:
para compor a sua redação, leve em consideração o nosso atual e atipico contexto: pandemia,
quarentena, isolamento social, etc. Cadê a felicidade em meio a tudo isso? Ainda é possível ser
feliz com essa treta toda?
Soluções para a tarefa
Resposta:ESPERO TER AJUDADO !
Ainda e possível ser feliz ?
A felicidade esta em nos ,apesar de estarmos enfrentando coisas muito difíceis não podemos deixar de sermos feliz mesmo em meio tantas tristezas .
A felicidade e algo que vem de dentro , nos mínimos detalhes ...
Mesmo nesse tempo confinados sentimos falta de varias coisas que fazíamos antes que nos deixava feliz ,mas basta olhar para dentro de casa e ver como a nossa família e importante nesse momento para nos .
Nossa família nos traz paz ,e felicidade , e sem duvida nenhuma podemos ser feliz sim ! vamos aproveitar esse tempo em família para sermos felizes ...
A partir do trecho do pensamento de Gilles Lipovetsky, duas hipóteses são possíveis de serem seguidas em relação à pandemia e à situação atual que a humanidade vive:
- entender a pandemia como um dos cataclismos enunciados pelo pensador e utilizá-la para arrefecer - ou até acabar - com a sociedade de hiperconsumo existente que, segundo o autor, é um dos principais empecilhos para a felicidade.
- entender que a felicidade nada ou pouco tem a ver com o capitalismo de consumo, premissa inicial do pensamento do filósofo.
Optando-se pela primeira opção, vincula-se a felicidade com um sistema econômico e político. Se tal sistema for o de capitalismo de consumo, o hedonismo, como valor supremo, acaba por contaminar todas as relações da vida cotidiana.
Optando-se pela segunda opção, vincula-se a felicidade com algo distinto de um sistema econômico e político
Recomendável é um esforço para juntar as duas opções: o hedonismo (a busca pelo prazer, pelo contentamento), quando confundido com a noção de felicidade, cria na nossa mente a noção de que a felicidade é uma coisa mutável e impermanente, além de variável de pessoa para pessoa.
Se a felicidade não é nada além do que o contentamento com a satisfação das próprias vontades, então pessoas moralmente boas igualam-se a pessoas moralmente ruins (avaros, egoístas, vaidosos), por exemplo.
A necessidade de recolhimento gerada pelas políticas na época da pandemia não deixam de servir como convite ao recolhimento meditativo. Para meditar sobre a felicidade nunca é demais pedir aos antigos suas opiniões. É Aristóteles quem fala que a felicidade é
- toda uma vida, vivida de acordo com a virtude moral, e acompanhada por uma moderada posse de riquezas.
Prudente, Aristóteles vincula a felicidade com a posse (moderada) de riquezas, mas não a reduz a este tipo de noção como faz a noção moderna hedonista, pragmática e materialista. Seja qual for o cenário político - caótico ou organizado - uma vida vivida de acordo com a virtude moral é uma decisão que cabe ao indivíduo a cada minuto de sua vida.
A outra parte - a da moderada posse de bens - depende sim de uma boa questão de sorte. Atualmente, a sorte se dá na cabeça dos governantes: sem a possibilidade de trabalhar, os indivíduos não conseguem buscar o mínimo de sustento nem o mínimo de posse capaz de, segundo Aristóteles, contribuir para a felicidade.
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