4- Cite alguns motivos que contribuiu para que Portugal fosse o pioneiro nas Grandes Navegações a partir do século XV.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Investimento do capital vindo dos burgueses;
Uma ótima qualidade das suas caravelas;
A preocupação com os estudos náuticos;
Sua posição no mapa;
Experiência marítima
Resposta:
Portugal reunia condições políticas, econômicas, geográficas, e até mesmo a sociedade portuguesa abraçou a exploração marítima.
Explicação:
A exploração do Oceano Atlântico sempre foi algo que intrigou os europeus, e, desde o período medieval, alguns avanços permitiram que ela fosse possível. Um dos primeiros povos europeus a lançarem-se numa exploração oceânica foram os nórdicos, que, no final do século VIII, alcançaram a Inglaterra, e, a partir daí, chegaram à Islândia, no século IX, e à América do Norte, no final do século X.
O acúmulo de conhecimento náutico e o desenvolvimento de novas tecnologias possibilitaram que as Grandes Navegações iniciassem-se no século XV, e os portugueses são considerados os pioneiros nesse processo. Isso aconteceu porque Portugal reunia uma série de condições que permitiram que o país lançasse-se na navegação e exploração do Oceano Atlântico.
Portugal reunia condições políticas, econômicas, geográficas, e até mesmo a sociedade portuguesa abraçou a exploração marítima. No longo prazo, sabemos que isso fez com que Portugal chegasse a locais até então desconhecidos para os europeus em geral. Novos caminhos foram descobertos e novos comércios foram abertos para eles.
Contudo, por que Portugal foi o país pioneiro nas Grandes Navegações? Os fatores são variados e podemos começar pela estabilização política. Desde o final do século XIV, quando aconteceu a Revolução de Avis, Portugal gozava de uma monarquia consolidada e um poder político estável nas mãos da dinastia de Avis. Outras regiões da Europa, como a Espanha, passavam por grandes conflitos de poder.
Além disso, Portugal gozava de unificação territorial, uma vez que a última parcela do território português foi anexada ao reino na metade do século XIII, quando a região de Algarve foi reconquistada e os mouros foram expulsos dela. Novamente em comparação com a Espanha, o reino de Castela travou conflitos contra os mouros durante o século XV, e o reino de Aragão travou conflitos com a França por territórios no mesmo século.
Na questão econômica, Portugal era um importante centro de comércio, e sua principal cidade, Lisboa, desde o século XIII, já mantinha contatos comerciais de longa distância, segundo o historiador Boris Fausto|1|. Lisboa mantinha contato com mercados árabes, e o comércio local tinha prosperado bastante por meio de financiamentos realizados pelos genoveses.
O mercado árabe, por sua vez, possuía dois importantes itens para os portugueses: ouro e especiarias. O consumo das especiarias foi introduzido na Europa depois das Cruzadas, e elas eram muito utilizadas na conservação de alimentos e na produção de perfumes e medicamentos. Eram mercadorias valiosas e rendiam um lucro muito alto. O fechamento da rota que passava por Constantinopla, em 1453, tornou mais complicado o acesso a essa mercadoria.
Outro fator que não podemos esquecer é a localização geográfica de Portugal. Esse país tem todo o seu litoral voltado para o Oceano Atlântico. Além disso, Portugal fica muito próximo das correntes marítimas do Atlântico, o que facilitava e incentivava a navegação desse oceano.
Por fim, como coloca Boris Fausto, toda a sociedade portuguesa incentivava a navegação atlântica, o que fez dela um grande projeto nacional|2|. O historiador resume que a navegação atlântica agradava aos comerciantes porque lhes trazia perspectivas de bons negócios; para a Coroa, representava a chance de reforçar os cofres; para nobreza e Igreja, trazia possibilidade de cristianizar pagãos e conquistar influência e riqueza; e para o povo em geral, trazia chance de uma vida melhor|3|.