4- A seguir, leia um trecho do conto de Honwana, releia um trecho do conto de Ondjaki - ambos da parte final de cada historia - e compare-os.
"O Cão-Tinhoso olhava-me com força. Os seus olhos azuis não tinham brilho nenhum, mas eram enormes e estavam cheios de lágrimas que lhe escorriam pelo focinho. Metiam medo aqueles olhos, assim tão grandes, a olhar como uma pessoa a pedir qualquer coisa sem querer dizer. Quando eu olhava agora para dentro deles, sentia um peso muito maior do que quando tinha a corda a tremer de tão esticada, com os ossos a querer fugir da minha mão e com os latidos que saíam a chiar, afogados na boca fechada".
"Os olhos do Ginho. Os olhos da Isaura. A mira da pressão de ar nos olhos do Cão Tinhoso com as feridas dele penduradas. Os olhos do Olavo. Os olhos da camarada professora nos meus olhos. Os meus olhos nos olhos da Isaura nos olhos do Cão Tinhoso".
A- Explique de que modo as duas narrativas se cruzam nesses trechos.
B- Na frase ''Os meus olhos nos olhos de isaura nos olhos do cão tinhoso'', além do cruzamento semantico, há também um cruzamento sintático. Identifique-o e explique como ele ocorre
Soluções para a tarefa
Resposta da A)
As duas narrativas falam dos olhos tristes do CãoTinhoso, a expressão no rosto do cachorro faz com que o narrador sinta o peso do seu olhar piedoso.
Narrado em primeira pessoa por um garoto chamado Ginho, que nos apresenta um cachorro chamado por todos de Cão Tinhoso e estava muito doente, de modo que causava nojo e desconforto nas pessoas, apesar de não ter ânimo nem para correr atrás das galinhas: “As galinhas nem fugiam, porque ele não se metia com elas” (p.11).
Resposta da B)
Os meus "olhos" nos "olhos" da Isaura nos "olhos" do Cão Tinhoso. É quando ocorre algum erro gramatical, no caso dessa frase são repetidas varias vezes a palavra olhos sem nenhuma pontuação.
O cão costumava ficar nas redondezas da escola em que Ginho estudava e inspirava histórias que justificavam seus machucados. “O Cão Tinhoso tinha a pele velha, cheia de pelos brancos, cicatrizes e muitas feridas, e em muitos sítios não tinha pelos nenhuns, nem brancos nem pretos e a pele era preta e cheia de rugas como a pele de um gala-gala” (p.14-15). A única pessoa que gostava do cão, a ponto de querê-lo perto e dividir seu lanche com ele, era uma menina chamada Isaura.
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