Português, perguntado por xandypinho123, 6 meses atrás

3º Leia o poema a seguir: O Menino da Porteira Toda a vez que eu viajava Pela estrada de Ouro Fino, De longe eu avistava A figura de um menino, Que corria abri[r] a porteira Depois vinha me pedindo: — Toque o berrante, seu moço, Que é p’ra mim ficá[ar] ouvindo. [...] Luisinho, Limeira e Zezinha, 1955. Há certo
s verbos cujas flexões se desviam do paradigma de sua conjugação. São considerados, por isso, irregulares. Alguns deles são: dar, estar, fazer, ser e ir. Na estrofe de “O menino da porteira”, há verbos dessa natureza. A alternativa que os contém é: a) “De longe eu avistava” e “Que corria abri[r] a porteira”. b) “Que corria abri[r] a porteira” e “— Toque o berrante, seu moço,” c) “Que corria abri[r] a porteira” e “Que é p’ra mim ficá[r] ouvindo.” d) “Depois vinha me pedindo:” e “Que é p’ra mim ficá[ar] ouvindo.” e) Todas contm verbos irregulares.​

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Respondido por annajulia193
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O Menino da Porteira

Sérgio Reis

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Toda vez que eu viajava pela estrada de Ouro Fino

De longe eu avistava a figura de um menino

Que corria abrir a porteira e depois vinha me pedindo

Toque o berrante, seu moço, que é pra eu ficar ouvindo

Quando a boiada passava e a poeira ia baixando

Eu jogava uma moeda e ele saía pulando

Obrigado, boiadeiro, que Deus vá lhe acompanhando

Pra aquele sertão afora meu berrante ia tocando

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No caminho desta vida muito espinho eu encontrei

Mas nenhum calou mais fundo do que isto que eu passei

Na minha viagem de volta qualquer coisa eu cismei

Vendo a porteira fechada, o menino não avistei

Apeei do meu cavalo num ranchinho beira-chão

Vi uma mulher chorando, quis saber qual a razão

Boiadeiro veio tarde, veja a cruz no estradão

Quem matou o meu filhinho foi um boi sem coração

Lá pras bandas de Ouro Fino levando gado selvagem

Quando passo na porteira até vejo a sua imagem

O seu rangido tão triste mais parece uma mensagem

Daquele rosto trigueiro desejando-me boa viagem

A cruzinha do estradão do pensamento não sai

Eu já fiz um juramento que não esqueço jamais

Nem que o meu gado estoure, que eu precise ir atrás

Neste pedaço de chão berrante eu não toco mais

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