3. segundo o texto, parte da imprensa francesa atacava a vida pessoal de Curie, chamando-a inclusive de ''destruidora de lares''
a) Na sua opinião, esses ataques teriam ocorrido se Marie Curie fosse homem? Explique.
b) Para atacar Curie, eram usados argumentos centrados na vida pessoal dela, enquanto suas conquistas intelectuais e profissionais eram ignoradas. Esse tipo de comportamento ainda é comum? Se sim, ele é usado igualmente contra homens e mulheres?
O TEXTO:
Até hoje, ela foi a única a ganhar dois Prêmios Nobel em
categorias científicas distintas - Física e Química. Foi
uma das precursoras dos estudos da radioatividade e
descobridora dos elementos químicos rádio e polônio. Sob
qualquer parâmetro técnico, a polonesa Marie Curie (
1867-1934) pode ser considerada uma das maiores cientistas
de todos os tempos. Mas isso não foi suficiente para
livrá-la de ser alvo de preconceitos machistas. Uma carta
escrita por Albert Einstein à colega, em 1911, cujo
conteúdo só veio à tona agora, traz conselhos para que ela
não sucumba às fofocas e maledicências sobre sua vida
pessoal.
“ Se essa ralé continuar a se ocupar da sua vida,
simplesmente pare de ler essas bobagens; deixe-as para os
répteis que as criaram”, escreveu Einstein, na época com
32 anos, na carta datada de 23/11/1911.
Marie Curie tinha 38 anos na época e já era viúva do
físico Pierre Curie ( que dividiu com ela o Nobel de
Física em 1903), com quem teve duas filhas.
Como primeira mulher a ganhar um Nobel e professora de
Física da Sorbonne, ela pleiteava uma vaga na Academia de
Ciências da França. Seus adversários, no entanto,
questionavam a entrada de uma mulher na tradicional
academia e começaram a espalhar o boato de que ela era
judia e, por isso, não poderia se candidatar a uma vaga na
instituição, como registra o Instituto Americano de
Física.
O jornal direitista “Excelsior” atacava diretamente a sua
candidatura, questionando em suas manchetes: “ Uma mulher
vai entrar no instituto?” Em meio à fofocada na imprensa,
Curie viajou a Bruxelas para participar de uma conferência
internacional de Física. Neste evento, em que era a única
mulher presente, ela foi apresentada a Albert Einstein.
De volta a Paris, mais fofocas esperavam por ela. Desta
vez, sobre sua relação com o físico Paul Langevin, que
havia sido aluno de Pierre Curie. Embora já não vivesse
mais com a mulher, Langevin ainda era casado oficialmente.
A imprensa francesa teve acesso a cartas de amor trocadas
entre os dois ( aparentemente a ex-mulher de Langevin as
mandou aos jornais) e apressou-se em chamar Marie Currie
de “destruidora de lares”. Uma multidão foi para a porta
da casa dela, aterrorizando suas filhas Irene, de 14 anos,
e Eve, de 7 anos. O tumulto foi tanto que as três tiveram
que passar uns dias na casa de uma amiga, até que a poeira
baixasse. Naquele mesmo ano, Curie receberia o segundo
Nobel, desta vez de Química, mas apenas a sua vida pessoal
interessava à imprensa.
Na carta enviada à colega, Einstein escreveu: “Não ria de
mim por estar lhe escrevendo sem ter nada muito sábio a
dizer. Mas estou tão indignado com a forma pela qual você
está sendo tratada publicamente, que preciso dar vazão a
este sentimento”
Soluções para a tarefa
Respondido por
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Resposta:
a)Não, pois isso era um preconceito machista, os homens acreditam que eles podiam dominar o mundo.
b) Hoje em dia o machismo ainda existe só não é igual como antigamente, ainda hoje tem diferença de salários de homens e mulheres, e muitos homens acreditam q são melhores que as mulheres.
Espero ter ajudado!!!
Me dá melhor resposta por favor.
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