Administração, perguntado por feliciacampos7, 11 meses atrás

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Segundo Habermas (1990, p. 100), “a prática comunicativa, na qual o mundo de vida está centrado, alimenta-se de um jogo conjunto, resultante da reprodução cultural, da integração social e da socialização, e esse jogo está, por sua vez, enraizado nessa prática...”. A citação do autor refere-se a qual contexto comunicativo?​​​​​​​

Soluções para a tarefa

Respondido por dre66
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Resposta:

A organização social depende de processos comunicativos, como mostrou Mead; uma comunidade de comunicação ideal é possível se houver relações intersubjetivas capazes de compreensão sem coação. Mead analisa as expressões lingüísticas e considera como fator relevante o comportamento dos participantes na comunicação. Não há consciência sem linguagem, as interações mediadas pela linguagem integram e socializam. A criança aprende sinais que servem de interpretação do comportamento, os internaliza como símbolos; o mesmo se deu na evolução da espécie, signos coordenam a ação, assegurando a sobrevivência. A atitude do outro é imprescindível à comunicação, ele responde, reage, adapta-se, interpreta. Esses papéis comunicativos de F e O são essenciais para a compreensão mútua e aprendizado pelo uso do mesmo sistema simbólico. É isso que fixa o significado. A linguagem coordena a ação e socializa os indivíduos, entra no processo de formação da identidade, na motivação, na orientação da ação, enfim, não há interação sem linguagem. Mundo social e mundo objetivo se complementam pela ação mediada por símbolos. No lugar do formalismo e da razão universal de Kant, há pessoas decidindo e entendendo-se, de sorte que o ideal formal habita as próprias estruturas de comunicação. Estas funcionam na reprodução da vida social e possibilitam chegar ao ideal de uma comunicação ilimitada e não distorcida.

Habermas concorda com essas idéias de Mead, mas afirma que ele não levou em conta a ação estratégica e nem as pretensões de validez que vinculam socialmente os falantes. Para Durkheim a identidade grupal, pré-lingüística, dos povos primitivos e o simbolismo religioso, estão na raiz da ação comunicativa. Isso explica a conexão entre linguagem e ação, que é onde Habermas pretende chegar. Na formação das sociedades há estrutura simbólica que constitui o saber pelo qual o mundo é apreendido, o comportamento é regulado por normas, o que gera integração social, socialização, estruturação da personalidade. O eu formado nos princípios comunicativos é um eu autônomo, responsável.

Explicação:

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