Filosofia, perguntado por knuppthiago, 10 meses atrás


3) Quando soube daquele oráculo, pus-me a refletir assim: “Que quererá dizer o Deus? Que sentido oculto pôs na resposta? Eu cá não tenho consciência de ser nem muito sábio nem pouco; que quererá ele então significar declarando-me o mais sábio? Naturalmente não está mentindo, porque isso lhe é impossível”. Por longo tempo fiquei nessa incerteza sobre o sentido; por fim, muito contra meu gosto, decidi-me por uma investigação, que passo a expor.


O texto acima pode ser tomado como um exemplo para ilustrar o modo como se estabelece, entre os gregos, a passagem do mito para a filosofia. Essa passagem é caracterizada:


A) Pela transição de um tipo de conhecimento racional para um conhecimento centrado na fabulação.


B) Pela dedicação dos filósofos em resolver as incertezas por meio da razão.


C) Pela aceitação passiva do que era afirmado pela divindade.


D) Por um acento cada vez maior do valor conferido ao discurso de cunho religioso.


E) Pelo ateísmo radical dos pensadores gregos, sendo Sócrates, inclusive, condenado por isso.

Soluções para a tarefa

Respondido por Mensatp
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Opa, tudo certo?

Vamos lá:

A- ERRADA, pois foi uma transição de um pensamento fabuloso (mitos) para um pensamento racional (filosofia)

B- CORRETA, pois os filósofos deixaram de explicar utilizando os mitos, de maneira gradual, e passaram a utilizar mais dos exercícios da lógica e do raciocínio, ou seja, da razão.

C- ERRADA, pois no próprio excerto, vemos que o filósofo em questão (Sócrates) não aceita totalmente, ele até questiona se é isso que os deuses querem, nunca que em uma sociedade totalmente teocrática, um homem vai pensar se a ideia de Deus vai estar correta ou não, e nesse trecho, vemos já uma desvinculação do pensamento dos mitos, Sócrates já começa a questionar se é isso mesmo que os deuses queriam dizer.

D- ERRADA, pois houve uma transição gradual de uma explicação mítica/religiosa para uma explicação mais racional, logo, não houve cada vez mais dado valor ao discurso de cunho religioso nas explicações sobre as coisas.

E- ERRADA, pois os gregos não abandonaram seu religião, ela só deixou de explicar as coisas relacionadas ao conhecimento e a descoberta, agora uma maça não cai porque um Deus quis, ela cai porque alguma força agiu sobre ela. Mas os gregos NUNCA abandonam sua religião. OBS: Sócrates foi morto acusado por ateísmo e corrupção da juventude, porém foi uma atitude injusta e desesperada dos governantes de Atenas, que tinham medo da sua própria ignorância e não conseguiam confrontar a si mesmos, e por isso, decidiram culpar Sócrates de maneira injusta.

Espero ter ajudado ;).


knuppthiago: Muito obrigado meu amigo
Mensatp: dnd
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