3- Quais são as seis elementos da cultura corporal que a educação física estuda
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Resposta:O presente estudo tem como temática central discutir a importância das disciplinas que tratam dos componentes da Cultura Corporal nos cursos superiores de Licenciatura em Educação Física que existem no estado da Bahia. Isto porque entendemos que a ausência ou predominância de um componente da cultura corporal sobre outro, no currículo de um curso de Licenciatura em Educação Física, pode influenciar significativamente a prática dos futuros professores na escola.
Neste sentido, para que possamos realizar esta discussão, devemos iniciar conceituando o termo Cultura Corporal.
Bracht (1999) explica que os termos cultura corporal, cultura de movimento ou cultura corporal de movimento aparecem em muitos discursos, porém muitas vezes assumindo perspectivas filosóficas e pedagógicas diferentes. Soares (1992) conceitua o termo Cultura Corporal como sendo:
(...) acervo de formas de representação do mundo que o homem tem produzido no decorrer de sua história, exteriorizadas pela expressão corporal: jogos, danças, lutas, exercícios ginásticos, esporte, malabarismo, contorcionismo, mímica e outros, que podem ser identificados como formas de representação simbólica de realidades vividas pelo homem, historicamente criadas e culturalmente desenvolvidas. (p.38).
A autora ainda explica que “... a educação física é uma prática pedagógica, que no âmbito escolar, tematiza formas de atividades expressivas corporais como: jogos, esporte, lutas, dança, ginástica, formas essas que configuram uma área de conhecimento que podemos chamar de cultura corporal” (p. 50). Daolio (2004, p. 2) afirma que “cultura é o principal conceito para a Educação Física” e ainda segundo o autor “todas as manifestações corporais humanas são geradas na dinâmica cultural, desde os primórdios da evolução até hoje”.
O conceito de Cultura Corporal citado por anteriormente por Soares (1992) nos dá uma idéia da amplitude deste termo. Por isto, ao buscar uma proposta pedagógica que trate da Educação Física escolar, balizamos a discussão do trato da Cultura Corporal de acordo com que é utilizado nos Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação Física (PCN) para o ensino fundamental (BRASIL, 1997), pois ele é o documento proposto pelo governo brasileiro para o desenvolvimento da Educação Física na escola.
Este documento sofre críticas de alguns autores da área, pois segundo Taffarel (1997) ele é um instrumento governamental usado para assegurar os interesses do capital estrangeiro no sentido de orientar as políticas neoliberais de educação do país. Outra crítica segundo Rodrigues (2002) diz respeito a uma tentativa, explicitada no documento, de consenso entre as diferentes teorias ou “abordagens” que tratam da Educação Física na escola, entre elas o desenvolvimentismo, o construtivismo e a crítico – superadora.
Entretanto, percebe-se nos Parâmetros que houve avanços para a área de Educação Física, pois segundo Nascimento (2000) além da inclusão das discussões dos temas transversais e das dimensões dos conteúdos, houve um reconhecimento da importância da Educação Física na Educação básica.
Diante disso, nos PCN constam que a cultura corporal abrange cinco componentes: o Jogo, o Esporte, a Dança a Ginástica e a Luta, que seriam os conhecimentos da Educação Física para serem trabalhados na escola. (BRASIL, 1997). Outro importante documento da área, a resolução CNE/CES 07/2004, que diz respeito às diretrizes curriculares nacionais para a graduação em Educação Física (Licenciatura e Bacharelado), estabelece que na formação dos cursos, as instituições deveriam criar seus currículos agregando os conhecimentos próprios da área, divididos em Formação ampliada e Formação Específica como observado no trecho transcrito a seguir:
Caberá à Instituição de Ensino Superior, na organização curricular do curso de graduação em Educação Física, articular as unidades de conhecimento de formação específica e ampliada, definindo as respectivas denominações, ementas e cargas horárias em coerência com o marco conceitual e as competências e habilidades almejadas para o profissional que pretende formar. (BRASIL, 2004, p.3)
Explicação: