História, perguntado por babuinadaberto, 10 meses atrás

3) Por que Kankan Mussa era tão poderoso?

Soluções para a tarefa

Respondido por jeovanacesario22
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Resposta:

Há quem diga, cheio de convicção: – Os primeiros a atravessar o Atlântico em direção às Américas, eram mandingas, africanos do Mali. Dizem mais: que foram os mandingas que formaram o primeiro povo não americano a se estabelecer nas Américas; isto, apesar de nunca ter sido encontrada, neste lado do Atlântico, qualquer evidência desta afirmação. Mas, se assim é, porque alguém sustentaria tal discurso? Com base em quê? Talvez afirmações soltas, partindo de algum africanista doido? Apenas isto? Será? Não! Al-Umari, historiador e viajante árabe da Idade Média, afirma que, em sua estada no Egito, ouviu a seguinte estória, que havia sido ali contada por Mansa Musa, então senhor do Mali: O governante que me precedeu não acreditava que era impossível alcançar a extremidade do oceano que circunda a Terra, e queria chegar ao final dele. Assim, equipou duzentos barcos cheios de homens, e muitos outros cheios de água, ouro, e provisões suficientes para vários anos. Então, ordenou ao capitão que não voltasse até que eles chegassem ao outro lado do oceano, ou até que estivessem esgotadas provisões e água. Mas, apenas um barco retornou. Quando questionado, o capitão deste barco respondeu: “Navegamos por longo período, até que vimos, no meio do oceano, um grande rio que flui de forma maciça. Meu barco foi o último; os outros, que seguiam antes de mim, foram afogados num grande redemoinho, do qual não saíram de novo. Eu naveguei de volta para escapar da corrente.” Mas, o sultão não se deu por satisfeito: ordenou que se preparasse dois mil barcos para ele e seus homens, e mais mil para a água e provisões. Em seguida, conferiu a regência a mim durante sua ausência, e partiu com seus homens, para nunca mais voltar; nem para dar um sinal de vida. Assim sendo, há quem acredite que o governante desaparecido, Abu Bakr II, tio-avô de Musa, não retornou porque desembarcou nas Américas, do que não há qualquer prova ou evidência. Mas, há provas suficientes da existência, atuação e pujança daquele que o sucede com o título de Mansa, como eram denominados os reis dos reis do Mali. Portanto, cabe saber quem foi Mansa Musa. Segundo consta, Kanku Musa, nome que significa algo em torno de “Moisés, filho de Kanku”, foi o 10º imperador do Mali, sucedendo a larga série de imperadores efêmeros e relativamente fracos. Isto, aproximadamente em 1312, quando tinha algo em torno de 32 anos. Musa era sobrinho-neto de Sundiata Keita, que havia fundado o Império pouco menos de 80 nos antes. Por muçulmano, embora vinculado ao islamismo com face africana, resolve, em 1324, cumprir um dos cinco pilares de sua religião: a hajj, que determina que o crente adulto e sadio deve visitar Meca pelo menos uma vez na vida. Isto porque, possivelmente, já os outros quatro pilares – a submissão incondicional a Allah, a esmola dada aos pobres, o jejum durante o Ramadã e as cinco rezas diárias – é de se supor que, certamente, já vinham sendo constantemente executados. Portanto, é com o intuito de cumprir o pilar que faltava que o Imperador se destina a Meca; e para isto, leva consigo, segundo contam fartas testemunhas da época e historiadores vários, tais como Ibn Batutta, algo, no mínimo, suntuoso: . 60.000 homens; . 12.000 servidores, vestindo seda e portando vasos com ouro; . 80 camelos, carregando entre 50 e 300 quilos de ouro em pó, cada um; . 500 servas, trazidas por sua esposa sênior, Inari Kunate. Havia, ainda, incontáveis cavalos, selados ou portando ouro, além de bandeiras e arautos ricamente vestidos, exibindo pompa muito maior que a ostentada por todos os seus antecessores em viagem a Meca. Esta viagem, segundo ainda historiadores da época, durou, pelo menos, um ano, posto que o Mali alcança o Atlântico, e Meca está na Península Arábica: portanto, foi preciso atravessar toda a África, do ocidente ao oriente, para ir além do Mar Vermelho. Na passagem Musa, seguindo o rio Níger, visitou diversas cidades importantes: algumas, eram pujantes entrepostos de caravanas e centros de comércio na África Central, para onde a comitiva atraiu comerciantes de tão longe quanto Maiorca e Egito, além de pessoas comuns, incluindo judeus e, logicamente, muçulmanos. Já no Egito, enviou um presente de 50.000 dinares ao sultão, mesmo antes de decidir-se a permanecer, por lá, por três meses. O sultão, em retorno, lhe emprestou o palácio de verão, certificando-se que sua comitiva fosse muito bem tratada.

Explicação:

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