Biologia, perguntado por fernando1gmailcom, 7 meses atrás

3. Leia a matéria no "Brasil de Fato" enviado pelo link e faça um resumo, destacando o por que que queimar a caatinga é formar mais desertos".​

Soluções para a tarefa

Respondido por je432937
0

Resposta:

Explicação:

A Caatinga é um semideserto, a gente tem uma condição aqui de semideserto, e as mudanças climáticas estão ampliando e potencializando a formação de novos desertos através de um processo chamado de desertificação. São pessoas que queimam a vegetação nativa deliberadamente para abrir pasto, para abrir a fronteira agrícola, para fazer o loteamento; e hoje esses crimes estão muito mais frequentes.

O que a gente está vendo no Brasil é uma tragédia: o Pantanal queimou 24%, isso são dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O que a gente está vivendo no Brasil hoje é uma tragédia jamais documentada em nenhuma série histórica dos sistemas de monitoramento que acompanham o avanço de queimadas e de desmatamentos no Brasil.

As queimadas já estão a poucos quilômetros do Parque Nacional da Serra da Capivara, que é Patrimônio Cultural da Humanidade e onde estão os primeiros vestígios do ser humano nas Américas. De que forma é possível combater o avanço do fogo?

A gente tem o Parque da Capivara e a Chapada do Araripe, que é outra região muito importante em termos de geodiversidade, de sociocultural – dos hieróglifos, das pinturas rupestres. A chapada do Araripe também abriga uma espécie globalmente ameaçada de extinção, chamada soldadinho do Araripe; e a serra da Capivara talvez seja o sítio histórico-cultural e paleontológico mais importante do mundo. Tudo o que a gente está vendo aqui, do avanço das linhas de fogo, do aumento dos focos de incêndio; tudo isso dava pra ser controlado

É inadmissível que o estado de Pernambuco não tenha um sistema de monitoramento de queimada e desmatamento. A gente tem sistemas gratuitos, como o Mapbiomas, que faz isso. A gente tem sistemas gratuitos que podem ser regionalizados através do nosso Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) para ajudar as nossas agências estaduais de fiscalização e o nosso estado não tem um sistema de monitoramento para entender, combater, prevenir e planejar. Combater queimada requer planejamento e isso só se faz com monitoramento e estudo.

Apesar de também apresentarem queimadas, a Caatinga vem sendo deixada de lado, quando em comparação à outras vegetações no País, ainda que a mesma apresente uma rica biodiversidade que é exclusivamente brasileira. A que o senhor atribuiria esse fato?

A gente tem modificações profundas na dinâmica de funcionamento da Caatinga quando a gente queima. Por ser uma vegetação seca xerofítica, ela queima mais fácil. A gente olha para aquela paisagem e vê aquela vegetação cheia de folhas retorcidas, brancas; daí que vem o nome Caatinga que significa mata branca. Esse nome foi dado pelo efeito visual que a Caatinga tem quando perde as folhas, é uma estratégia que a vegetação tem para economizar água.

Então, ela queima mais rápido, porque naturalmente ela é uma vegetação mais seca. Existe um processo, que é um dos processos que a ciência ainda não tem a resposta de como a gente reverter, de como a gente restaurar, de como a gente recuperar essa área; é um processo chamado de desertificação.

A desertificação acontece pelas más práticas no uso do solo, ou seja, quando a gente corta a vegetação nativa, queima e coloca em uma lavoura. Depois de um tempo, essa área perde a sua fertilidade, então o agricultor vai para outra área, corta, queima e planta. Isso é uma dinâmica socioecológica muito comum no semiárido brasileiro, é o que a gente chama de agricultura de coivara, de corte e queima.

Queimar a Caatinga é a gente formar mais desertos, e quando a gente forma mais desertos, quando a gente amplia essa área de desertificação, a gente está retroalimentando a pobreza. Aqueles sertanejos que vão perder a sua área, que tem potencial de ser cultivada, de produzir alimentos; ele, ao invés de se fixar no seu imóvel rural, no seu sitiozinho, na sua terrinha, ele vai vir pra cidade atrás de emprego, atrás de comida.

Em uma audiência pública do Senado, o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles criticou um excesso de medidas para proteger os biomas e sugeriu a criação de gado como medida para conter as queimadas. Como esse tipo de posicionamento impacta no jeito que a sociedade entende a preservação?  

O ministro Salles não entende nada de meio ambiente. Ele usa toda essa retórica utilizando de vários e vários dados que são falsos, que não correspondem com a realidade. Esse devaneio de “boi bombeiro”, isso para nós que somos técnicos, que somos pesquisadores, isso é quase uma piada.  

 

Aqui está uma das causas, como vc ñ na mandou  o link não dava para resumir seu texto..

Espero ter ajudado se poder me de a mlhr resposta pfvr!!!


fernando1gmailcom: obrigada
je432937: tem como dar mlhr resposta
Perguntas interessantes