3. Durante o periodo regencial ocorreram
várias revoltas pelo Brasil. Apresente e comente
brevemente sobre cada uma destas revoltas
Soluções para a tarefa
Resposta:
Revoltas do Período Regencial
A consequência dessa disputa de poder é a instabilidade política. Somada à essa questão, as condições precárias de grande parte da população dão origem a uma série conflitos:
Cabanagem, na Província do Grão-Pará (1835 – 1840);
Guerra dos Farrapos (ou Revolução Farroupilha), na Província de São Pedro do Rio Grande do Sul (1835 – 1845);
Revolta dos Malês, Província da Bahia (1835);
Sabinada, na Província da Bahia (1837 – 1838);
Balaiada, na Província do Maranhão (1838 – 1841).
Com o objetivo de acabar com toda esse descontentamento, desordem e agitação, o Partido Liberal propicia uma situação que sinaliza o fim do Período Regencial, o Golpe da Maioridade, declarando D. Pedro II maior de idade aos 14 anos. Um ano depois, D. Pedro começa a governar o Brasil e tem início o Segundo Reinado.
Resposta:
Cabanagem (1835 – 1840) - Pará
No Pará, uma minoria branca, composta de pequenos comerciantes portugueses, franceses e ingleses estava concentrada em Belém, por onde fluía uma pequena produção de tabaco, borracha, cacau e arroz. A maioria da população era formada por indígenas, escravizados e dependentes. Com uma tropa com negros e indígenas em sua base, a Cabanagem atacou e conquistou Belém, estendendo-se até o interior. Os revoltosos declararam a Independência do Pará, mas não apresentaram nenhuma saída efetiva para o estado. Os ataques concentravam-se aos estrangeiros e aos maçons e defendiam a Igreja Católica, D. Pedro II, o Pará e a liberdade, embora não tenham abolido a escravidão, mesmo com muitos africanos entre os cabanos rebeldes. A rebelião foi vencida pelas tropas legalistas.
Sabinada (1837 – 1838) – Bahia
O nome atribuído à revolta, Sabinada, remete ao nome de seu principal líder, Sabino Barroso, um jornalista e professor da Escola de Medicina de Salvador. Ocorrida em Salvador, na Bahia, a revolta tinha uma boa base de apoio, especialmente entre as classes médias e comerciantes de Salvador, que já apresentavam ideias federalistas e republicanas. O movimento separou os escravos entre nacionais – nascidos no Brasil – e estrangeiros – nascidos em África – e buscou comprometimento em relação aos escravos. Caso a revolta tivesse sucesso e a tomado do poder se concretizasse, os escravizados nacionais que tivessem pegado em armas seriam libertados. Mas, as forças governamentais logo recuperaram a cidade de Salvador, numa luta violenta que gerou aproximadamente 1800 mortes.
Balaiada (1838 – 1840) – Maranhão
A Balaiada foi uma revolta ocorrida no Maranhão, iniciada por conta de disputas entre as elites locais. Em uma área ao sul do Maranhão, com pequenos produtores de algodão e criadores de gado. Os revoltosos tiveram como líderes Raimundo Gomes e Francisco dos Anjos Ferreira, um vendedor de balaios. É de seu ofício que vem o nome de revolta maranhense. Enquanto Ferreira tinha uma motivação pessoal ao entrar na revolta – vingar sua filha violentada por um capitão da polícia, Cosme, um outro líder, aparece à frente de três mil escravos fugidos que se juntaram à Balaiada. Os revoltosos saudavam a Igreja Católica, a Constituição e D. Pedro II e não apresentavam grandes preocupações sociais ou econômicas. Logo foram derrotados, em meados de 1840, pelas tropas do governo. O líder Cosme foi enforcado em 1842 enquanto a anistia aos revoltosos esteve condicionada à reescravização dos negros rebeldes.
Revolta do Malês (1835) - Bahia
A Revolta do Malês foi organizada por muçulmanos de origem Iorubá – nagôs – que viviam na Bahia. Durou menos de um dia, mas é uma importante revolta que demonstra a organização entre os sujeitos escravizados no período. Com a maioria da população de origem africana, esta era uma questão latente na Bahia. Escravos e libertos urbanos circulavam pela cidade e dividiam os trabalhos diários – e às vezes até as moradias – formando laços de sociabilidade e solidariedade, que facilitavam as ações políticas. Os trabalhadores urbanos mais alguns escravos de engenho decidiram se rebelar com a intenção de formar uma Bahia Malê, que seria controlada por africanos, tendo à frente representantes muçulmanos. Mesmo intencionando a tomada de poder, logo a revolta foi controlada.
Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos (1835 – 1845)
A Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos Foi a mais longa e duradoura das revoltas do período regencial, deflagrada por conta de aumentos de impostos. Mas, em 20 de setembro de 1835 foi proclamada a República Rio-Grandense, tendo como líder Bento Gonçalves que governou a província em 1837. Com o comando de Giuseppe Garibaldi proclamaram em Santa Catarina a República Juliana. A revolta ultrapassou o período regencial e só foi finalizada no segundo reinado.
Essas são as revoltas