Espanhol, perguntado por italoramonmatinhas, 10 meses atrás

3]do seu ponto de vista o que podemos fazer para construir uma sociedade livre do preconceito

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Respondido por douglassantos9872
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resposta;

Um dos maiores e mais graves problemas em nossa sociedade desde os primórdios é o preconceito, é uma prática muito comum e causadora de diversos outros problemas, não apenas sociais, como também de saúde, provocando distúrbios, transtornos e até mesmo o suicídio.

O preconceito existe desde a idade medieval, onde viviam os bárbaros, como estes não eram de origem grega ou romana, eram escravizados e por isso não eram considerados humanos. Na idade média, foram criados paradigmas religiosos entre cristãos e pagãos, os que não professavam o cristianismo eram tidos como infiéis e perseguidos pela igreja católica na época. Daí em diante, começamos a ver outras categorias de preconceito, como: étnico, religioso, sexual etc.

A educação tem sido comprovadamente, o caminho mais acertado para combater esse mal que sempre assolou a sociedade. E, buscando o conceito de educação, pode-se proceder a uma análise mais profunda da finalidade educativa e do conteúdo pedagógico das medidas aplicadas tanto para as crianças, adolescentes, bem como no meio em que se convive, seja social ou familiar, utilizando-se inteligentemente das teorias de Kant, Marx e Paulo Freire.

Segundo Kant, somente o ser humano precisa ser educado, ou seja, a educação é característica exclusiva do gênero humano. “Por educação entende-se o cuidado de sua infância (a conservação, o trato), a disciplina e a instrução com a formação”.

A pedagogia kantiana é toda baseada na transmissão de conhecimento adquirido de geração em geração, ou seja, educar significa repassar à geração seguinte toda a experiência adquirida ao longo da vida. Assim, segue-se uma sequencia, o indivíduo transmite automaticamente suas experiências e seus conhecimentos à geração seguinte, e assim sucessivamente.

Ainda na educação kantiana, o homem deve alcançar quatro aspectos: a) tornar-se disciplinado, ou seja, controlar a animalidade humana; b) tornar-se culto; c) tornar-se prudente, pois isso lhe trará a civilidade; d) tornar-se moral, com finalidades que possam ser aprovadas por todos e que possam ser as finalidades de cada um.

Para Marx a educação está voltada para conscientização da dignidade, ou seja, para que o trabalhador consiga viver dignamente e não seja explorado por aqueles que detêm os meios de produção, ainda sendo necessário conhecer todos os aspectos teóricos e práticos da produção. Daí sua preocupação em que todo homem precisa trabalhar para se tornar digno, assim como em fazer com que o ensino sirva para transformar a mão de obra operária unilateral, fazendo com que o homem passe a conhecer todos os aspectos do modo de produção e não apenas um deles, podendo no caso tornar-se posteriormente útil e necessário.

E, em conformidade com o pensamento de um dos maiores pedagogos de nosso país, Paulo Freire, educação nada mais é que um método capaz de educar para a liberdade, não existindo educador e educando, os seres humanos envolvidos na relação de educação aprenderiam um com o outro, sempre tendo por base o objeto a ser conhecido.

Sendo essa a mais relevante teoria e sempre atual, com referencia ao conceito de educação, pois não significa veementemente alguém aprendendo e alguém ensinando, mas sim um processo, mediante o qual ninguém tenta impor ao outro um conhecimento que já vem pronto, mas sim que transforma.

Nesse tipo de educação, fala-se do conhecimento construído a partir da relação estabelecida entre as pessoas que buscam no respeito à liberdade do seu semelhante, a razão para estabelecer o objeto e o modo como este será conhecido.

AUTO PRECONCEITO

Auto preconceito é um sentimento velado, onde o individuo cria um mecanismo de defesa e de negação envolvendo, na maior parte das vezes, sua raça, seu cabelo, seu corpo, sua condição social. O fato ocorre quando uma “minoria” discrimina a própria minoria, achando que não pertence a ela. Note-se que o preconceito vem do próprio objeto discriminado. Quem nunca viu uma pessoa pobre discriminando uma pessoa por ser mais pobre ainda?

Algumas pessoas parecem sentir tanta vergonha daquilo que rejeita em si própria, que ficam tentando se dissociar dela, contra todas as evidências. No caso de raça, podemos constatar claramente através de números, que mais da metade da população é negra, contudo, ainda há muita discriminação racial e auto discriminação. Quando se pergunta a cor da pele, muitos respondem pardos, no entanto, quando é necessário registrar para ter algum beneficio, como no caso as cotas para concursos, são constatadas algumas discrepâncias, pois mais de 80% pede ingresso na faculdade através de cotas para negros.

Enfim, auto preconceito é como um jogo, para vencer, primeiramente, tem-se que parar com esses pensamentos incapacitantes que só ajudam a empurrar a pessoa mais para baixo.

Portanto, as ações afirmativas assumem um significado muito especial e irrestrito, uma vez que assegura o acesso a posições sociais importantes a membros de grupos que, na ausência dessa medida, permaneceriam excluídos.

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