3. Depois das invasões francesas, os Portugueses estavam muito
descontentes, porque... *
Soluções para a tarefa
Resposta:
Os comerciantes portugueses estavam descontentes pois haviam perdido o monopólio comercial, situação agravada pelos Tratados de 1810, assinados com os ingleses. ... A queda de Napoleão tornou maisevidente a decadência do reino português, que em nada fora beneficiado com a permanência da família real na América.
Explicação:
LÊ
Resposta:
As invasões francesas deixaram o nosso país em muito mau estado. Portugal ficou devastado e arruinado, já que os exércitos invasores praticaram roubos, destruíram casas e ruas e deixaram as actividades económicas (agricultura, indústria e comércio) praticamente paralisadas.
Para além disto, a população portuguesa estava também descontente porque:
Ø Os portos brasileiros deixaram de ser exclusivos de Portugal e abriram as portas ao comércio com outros países.
Ø Em 1815, o Brasil deixou de ser uma colónia portuguesa e foi elevado à categoria de Reino, tornando-se a cidade do Rio de Janeiro a sua verdadeira capital. (Hoje é Brasília)
Ø A família real e a corte portuguesa continuavam no Brasil (o rei estava fora de Portugal e os ingleses é que estavam a ocupar os principais cargos na governação e no exército em Portugal)
Por estes motivos, o descontentamento da população era geral e associado às novas ideias liberais (que defendiam sobretudo, uma maior participação na vida política) gerou-se um clima favorável a conspirações contra a situação em que o país vivia.
Em 1817, Gomes Freire de Andrade, liderou uma tentativa para mudar o regime, exigir o regresso do rei e expulsar os ingleses do nosso país. Esta tentativa não foi bem sucedida porque foram descobertos e os seus responsáveis foram presos e condenados à morte.
Em 1817 (no ano seguinte), um grupo de liberais do Porto (constituído por juízes, comerciantes, proprietários e militares) formou uma associação secreta – o Sinédrio – que era liderada por Fernandes Tomás e tinha como objectivo preparar uma revolução.
A 24 de Agosto de 1820, aproveitando a ausência de Beresford (general inglês nomeado por D. João VI como marechal do exército português, a quem foram concedidos grandes poderes para acabar com qualquer tipo de conspirações liberais), o Sinédrio fez despoletar (deu início), no Porto, à Revolução Liberal.
Rapidamente, a revolução se estendeu a Lisboa e ao resto do país. Os ingleses foram afastados do governo e os revolucionários criaram um governo provisório (Junta Provisional de Governo do Reino) que, de imediato, tomou medidas para resolver os problemas do reino.
As medidas mais importantes tomadas pelo governo provisório da revolução de 1820 são:
- Exigência do regresso do rei D. João VI a Portugal
- Realização de eleições com o objectivo de escolher deputados às Cortes Constituintes, para elaborar uma Constituição (documento que contem as Leis fundamentais de um país).
As 1ªs eleições realizadas em Portugal aconteceram em Dezembro de 1822.
Esta Constituição consagrou os princípios da liberdade e de igualdade dos cidadãos perante a lei (fosse qual fosse a sua origem social, acabando-se desta forma com os privilégios do clero e da nobreza) e consagrou a divisão do poder em três poderes.
D. João VI, com medo de ser afastado do trono pelas Cortes, voltou a Portugal em 1821 e em 1822 jurou (aceitou) a Constituição Portuguesa. Desta forma, Portugal passou de uma monarquia absoluta para uma monarquia liberal (ou constitucional).
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