3 conseqüênciaa da crise migratoria para a europa
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Resposta: #confianamãe
Explicação: A Europa sempre foi um continente de migrantes, pois sempre atraiu muitas pessoas que buscam melhores condições de vida. A maior parte desses migrantes vem de países do Oriente Médio, Ásia e África, que enfrentam graves problemas sociais, econômicos e políticos.
Para tentar organizar esse processo migratório, os países europeus desenvolveram ao longo dos anos diversas políticas migratórias. Nos períodos em que a Europa passava por alguma crise econômica ou política, os países implantavam medidas restringindo a entrada de migrantes para evitar a concorrência por oportunidades de trabalho e o aumento dos problemas sociais. Nos períodos em que o desenvolvimento europeu permitia e necessitava de uma quantidade maior de mão de obra, essas políticas eram mais liberais e permitiam mais a entrada de pessoas de outras regiões no continente.
Causas da crise migratória na Europa
Nos últimos anos, principalmente a partir de 2011, o fluxo migratório para a Europa intensificou-se drasticamente, causando uma grande crise migratória no continente. Estima-se, de acordo com um levantamento realizado pela ONU, que apenas no ano de 2014 a Europa tenha recebido cerca de 6,7 milhões de migrantes.
De acordo com a ONU, os mais de 15 conflitos (8 na África, 3 no Oriente Médio, 1 na Europa e 3 na Ásia) existentes no mundo atualmente têm sido a principal motivação para a crise migratória na Europa. Isso ocorre porque os migrantes, em sua maioria, são refugiados (pessoas que migram para fugir de conflitos e perseguições políticas, guerras etc.) dessas regiões de conflito.
Os países de onde mais saem migrantes são a Síria, Afeganistão, Iraque, Líbia e Eritreia. A Síria, com uma guerra civil que já dura mais de quatro anos e que contabiliza mais de 250 mil mortos, de acordo com dados apresentados pela ONU, possui o maior grupo de refugiados do mundo. Tanto o Afeganistão quanto o Iraque vivem, desde 2001, em virtude da invasão dos Estados Unidos, uma grave crise política. Os constantes ataques rebeldes que atingem esses países têm levado diversos grupos a migrar para outras regiões do mundo. A Líbia e a Eriteia são países africanos que convivem com regimes opressores e antidemocráticos, além de diversos problemas sociais, o que tem levado grande parte da população a migrar para outras regiões.
Outra motivação para que esses países apresentem muitos emigrantes é a atuação do Estado Islâmico em seu território. Essa organização extremista tem aproveitado das guerras civis e da situação de pobreza em que se encontram esses países para expandir a sua área de domínio. Uma vez que a organização domina uma determinada região, implanta-se um sistema de governo baseado em uma visão extremista das leis islâmicas.
Consequências da Crise migratória
A maior parte dos migrantes chega à Europa de forma clandestina por meio da navegação em botes no Mar Mediterrâneo. Como o acesso do continente por terra é controlado, é cada vez mais comum que os migrantes se arrisquem na travessia do Mar Mediterrâneo, o que causa diversas mortes por afogamento. Estima-se que mais de 2,5 mil pessoas tenham se afogado em 2014 ao realizar essa travessia.
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Como a Europa acaba de atravessar uma crise econômica, os países europeus estão apresentando certa resistência e dificuldades para aceitar e acomodar os migrantes que chegam em seu país. Por essa razão, cresce a tensão entre os países que integram a União Europeia para a criação de leis que regulem a chegada dos migrantes. A Grécia, por exemplo, por ser um país litorâneo, tem alegado que recebe muito mais refugiados do que os demais países da Europa e já está expulsando migrantes que chegam ao país de forma irregular.
Como muitos europeus estão desempregados, existe uma preocupação de que a chegada desses migrantes aumente a concorrência pelas oportunidades de emprego e promova o aumento dos problemas sociais. Outra razão para essa resistência em receber os migrantes diz respeito à situação de alerta que a maior parte dos países europeus vive hoje em relação ao terrorismo. Acredita-se que, entre os migrantes que chegam ao país, estejam integrantes do Estado Islâmico infiltrados.
Essas duas preocupações são reais, já que ambas podem acontecer no cenário atual de recuperação econômica e tensões causadas pela ascensão do Estado Islâmico. Porém, em alguns casos, essas motivações são utilizadas apenas como justificativa para a intolerância cultural e xenofobia.
Uma pesquisa realizada na Europa, publicada pelo jornal Público, de Portugal, averiguou que metade dos cidadãos entrevistados é contra a ida de migrantes para os países em que vivem, considerando, inclusive, necessário restringir a chegada de mais migrantes e limitar os direitos individuais dos refugiados que já se encontram no país. Também cresce o número de ataques contra pessoas de outras nacionalidades na Europa e aos centros de refugiados.