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Soluções para a tarefa
Etimologicamente, o termo “literatura” vem do latim “litteratura”, que remete a “littera” (letra). É, portanto, a arte de escrever, de lidar com as palavras. Na academia tradicional, é sinônimo de “belas letras”, remetendo à alta cultura, até se popularizar, especialmente após a invenção da imprensa.
Aristóteles, quando descreve os gêneros literários em sua Arte Poética, chama literatura de poesia, derivado de “poiesis”, que significa criação. É curioso que, mais tarde, a palavra “poesia” se tornaria o próprio gênero, por oposição à prosa. Também é curioso que a literatura já existisse e fosse estudada pela crítica antes mesmo de receber essa nomenclatura. Aristóteles foi o pioneiro em sua definição: ele considera toda criação literária como uma imitação a qual pode ser compreendida como uma espécie de recriação. A partir de então, o conceito varia, principalmente com os estilos de época, mas a ideia permanece a mesma: literatura é, basicamente, ficção por escrito. Nos dicionários contemporâneos, a palavra também é usada para definir um conjunto de textos específicos de uma área, como a literatura médica, por exemplo.
Para que existam obras literárias, é preciso que autores as componham. A noção de autoria, no entanto, é moderna. Antigamente, os textos eram escritos coletivamente, pois representavam as histórias dos povos. Por isso existe ainda certa polêmica em torno da existência de Homero, autor da Ilíada e da Odisseia. Há críticos que julgam Homero como uma figura simbólica, considerando que essas epopeias teriam sido criações em conjunto, sem uma autoria precisa. Outros defendem que há provas da existência do autor e características de estilo pessoal nas obras.
A valorização da figura do autor e do estilo próprio só veio com força durante o Romantismo. No Classicismo, escola anterior, o escritor usufruía de pouquíssima liberdade, devendo obedecer às regras da boa composição. O Romantismo reconheceu conceitos bastante atuais, como os direitos autorais, a questão da inspiração, da genialidade e da idolatria. O escritor passava a ser, assim, o autêntico gênio criador, sensível à magia das palavras e dos sentimentos. No Modernismo, esse mito é desfeito. Nem escravo da regra nem escravo da inspiração: o escritor é um homem comum, que produz literatura como forma de expressão artística. Técnica e talento, “engenho e arte”, como definia Camões, são importantes para a produção literária.
Gêneros dramáticos
A modalidade dramática teve início na Grécia Antiga, possivelmente em festas realizadas em honra de Dionísio, deus do vinho. As obras que se filiam a este gênero são especialmente criadas para serem exibidas em montagens teatrais. Hoje é mais complicado distinguir um drama de outro gênero da literatura, pois se generalizou a prática de converter qualquer produção literária em roteiro para apresentação nos palcos.
Farsa: Tende para o cômico; a ação é corriqueira e se baseia na rotina diária e no ambiente familiar.
Tragédia: Reproduz um evento trágico e tem por fim suscitar piedade e horror.
Elegia: Louva a morte de uma pessoa; este evento é o ponto central da peça. Exemplo: Romeu e Julieta, de Shakespeare.