História, perguntado por machadorockmarcela, 3 meses atrás

3) Como os Indígenas araucanos enfrentaram os espanhóis?
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Respondido por BeatrizGattiCorrea
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Resposta:Nas últimas décadas a América Latina experimentou, em diferentes

velocidades e com traços heterogêneos segundo os países, significativos

progressos em seu desenvolvimento econômico e social, como se observa

no sustentado crescimento econômico, na redução da pobreza e nas

melhorias importantes em diversos indicadores sociais. No entanto,

a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL)

enfatizou que estes avanços estão encontrando limites, seja para se

sustentar ou expandir, e que a região deve enfrentar os desafios que

representam o fechamento das brechas provocadas pela heterogeneidade

estrutural, a vulnerabilidade externa e a persistência de altos níveis de

desigualdade. Os povos indígenas integram precisamente os coletivos

mais desfavorecidos, como resultado de complexos processos sociais

e históricos iniciados há mais de 500 anos, que foram estabelecendo

práticas discriminatórias persistentes até o presente e implicaram uma

desapropriação sistemática de seus territórios, com graves consequências

para seu bem-estar.

Não obstante, depois do fim da guerra fria, num mundo globalizado

e pluricultural, a irrupção dos povos indígenas e sua agenda de direitos,

em um fenômeno que não é exclusivo da região, mas um processo

global, faz parte de uma diversidade de lutas pelo reconhecimento e

dignidade humana. A tenaz resistência dos povos indígenas expressa-se

atualmente na instauração de novos status quo políticos e territoriais,

assim como de novos modos de relação institucional dos Estados e dos

povos indígenas. A Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos

Explicação:dos Povos Indígenas foi o corolário das prolongadas lutas indígenas e

sintetiza o padrão internacional, obrigatório para os Estados, oferecendo

um quadro normativo explícito como enfoque para as políticas públicas.

Embora este documento registre progressos indubitáveis em matéria da

aplicação destes direitos, também constata que as brechas persistem e

que as desigualdades continuam sendo profundas.

Um dos maiores desafios que a região enfrenta em sua busca

pela igualdade é a inclusão dos direitos dos povos indígenas entre as

prioridades das políticas. Os desafios são enormes, se considerarmos

que na América Latina, como se examina neste estudo, existem mais de

800 povos indígenas, com uma população próxima de 45 milhões, que

se caracterizam por sua ampla diversidade demográfica, social, territorial

e política, desde povos em isolamento voluntário até sua presença em

grandes assentamentos urbanos. A isto se acrescenta que o crescimento

econômico registrado na região é altamente dependente dos recursos

naturais e de seus preços internacionais, enquanto se observa uma

governança deficiente destes recursos. A reprimarização da economia

provocou fortes pressões sobre os territórios dos povos indígenas e

desencadeou numerosos conflitos socioambientais ainda não resolvidos.

A proposta atual da CEPAL, plasmada em seus últimos três períodos

de sessões, é a de um desenvolvimento concentrado no valor da

igualdade com um enfoque de direitos. Além disso, assinalamos que

é necessário reformular os equilíbrios entre o Estado, o mercado e a

sociedade para construir pactos em que concorram aqueles atores que

garantam acordos políticos de longo alcance. Com estas premissas, é

indubitável que os povos indígenas devem ser incluídos em tais pactos, e

que estes requerem a abertura de espaços para avançar mais rapidamente

na aplicação dos padrões. Um dos principais desafios nesta matéria é

a integração dos direitos dos povos indígenas em um novo modelo de

governança dos recursos naturais. Trata-se de transitar dos “novos tratos”

para os “novos pactos”.

Junto com isso, os conhecimentos ancestrais, as inovações e as

práticas tradicionais dos povos indígenas para a conservação e a utilização

sustentável da diversidade biológica, assim como o desenvolvimento das

diferentes modalidades coletivas das economias indígenas, oferecem

uma oportunidade valiosa para a construção de um novo paradigma do

desenvolvimento, baseado em uma mudança estrutural rumo à igualdade  

CEPAL 2014

espero ter ajudado <3

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