História, perguntado por mantoniaoliveira1403, 11 meses atrás

21. Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.

22. Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que, segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida.

23. Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele certamente só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos.

24. Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena.

25. O mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em particular.

26. O papa faz muito bem ao dar remissão às almas não pelo poder das chaves (que ele não tem), mas por meio de intercessão.

45. Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus.

46. Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgências.

47. Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação.

48. Deve-se ensinar aos cristãos que, ao conceder indulgências, o papa, assim como mais necessita, da mesma forma mais deseja uma oração devota a seu favor do que o dinheiro que se está pronto a pagar.

49. Deve-se ensinar aos cristãos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém extremamente prejudiciais se perdem o temor de Deus por causa delas.

50. Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de São Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.

51. Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto – como é seu dever – a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extraem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a Basílica de São Pedro.

Disponível em: . Acesso em: 12 jul. 2016.

4.a)
As teses de número 21 a 26 procuram desmentir afirmações dos pregadores de indulgências. O que Lutero procura desmentir nessa parte de seu documento? Quais argumentos utiliza para isso?

4.b)
Entre as teses de número 45 a 49, Martinho Lutero propõe uma série de questões que, na opinião do monge, os cristãos deveriam saber. Que questões são essas?

4.c)
Com base na leitura dos trechos selecionados, explique como Lutero vê a posição do papa diante da venda de indulgências.

Soluções para a tarefa

Respondido por makmorales
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a. Lutero deseja desmentir que o indivíduo será salvo e perdoado simplesmente pelo ato de comprar a indulgência, visto que muitos pregadores ludibriavam e prometiam de tudo aos fiéis.

b. Para Lutero, os monges cristãos deveriam saber que a fé é mais importante do que dinheiro, que ajudar o próximo e orar é mais importante do que dinheiro; que cuidar da própria casa era mais importante do que comprar indulgências.

c. Lutero vê a posição do papa diante da venda de indulgências como alguém que não sabia de tudo o que estava ocorrendo na prática, o que vemos no trecho "se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de São Pedro".

Abraços!

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