2. Você lembra quando o Simão disse que o Henrique era prisioneiro dele? Mas ele tratava o menino como visita e companhei ro... No fundo, ele não queria que o Henrique fosse embora. Por quê?.
Soluções para a tarefa
Resposta:
HENRIQUE SENTE SAUDADES
Eram sete horas da manhã quando se embrenharam na floresta; enquanto iam andando, deixavam sinais de sua passagem para saberem voltar.
Encontraram orquídeas, viram serelepes pulando entre os galhos, subiram em árvores bem altas para observar os arredores. Assim caminhando foram dar na prainha.
Eduardo deu gritos de alegria quando reconheceu o lugar onde ficara sozinho durante uma semana construindo uma pobre jangada apenas com a machadinha e uma faca.
Correu e mostrou o pé de ingá, cujos galhos estavam dependurados na margem do rio; mais adiante mostrou uma touceira de bananeiras; infelizmente naquela ocasião não havia bananas.
Mostrou a pedra que servia de abrigo quando chovia e sob a qual ele dormia.
.Reconheceu as árvores, das quais tinha cortado os galhos para fazer a jangada.
Ficaram muitas horas na prainha e resolveram almoçar naquele lugar; Bento fez fogo para o café. Depois do almoço, que haviam levado em cestas, andaram ainda ali por algum tempo procurando mais alguma coisa; Henrique então mostrou o lugar onde estivera sentado no momento em que Simão aparecera pela primeira vez.
Mostrou também o lugar onde entrara na mata acompanhando Simão; lembrava-se da árvore onde deixara o canivete cravado para que o irmão visse quando voltasse.
Todos entraram na mata acompanhando Henrique; ele andava na frente mostrando o caminho que estava reconhecendo. Seria incapaz de levar a turma até a caverna de Simão, mesmo que soubesse o caminho. Sabia que isso perturbaria seu amigo e não queria aborrecê-lo.
Depois de algum tempo de marcha, parou dizendo que não sabia mais o lugar por onde andara com Simão, olhou de um lado para outro dizendo que se perdera, não sabia mais nada.
Resolveram então voltar. Como esse lugar era muito cerrado, um andava atrás do outro, em fila indiana. De repente pan! Henrique sentiu uma pancada na cabeça; olhou para cima e não viu nada. Apenas uma bolota que lhe caíra na testa. Mais adiante pan! Outra pancada; tornou a olhar para cima. Nada. Apenas uns galhos que se moviam lá no alto. Seriam seus amigos, os micos, que estavam com brincadeiras? Ouviu a voz do
Bento gritar lá na frente:
— Ih! Já levei duas pancadas no coco. Não sei o que será!
Nesse instante Lúcia deu um gritinho:
;— Xi! Eu também. Levei uma coisinha na ponta do nariz!
Todos começaram a rir. Pararam e olharam para cima, não havia nada. Tudo era silêncio na floresta. Continuaram a andar; Eduardo gritou:
— Eh! Agora é comigo. Levei uma na cabeça. O que será?
Henrique assobiou da maneira que os micos assobiavam; um outro assobio respondeu longe, depois outro e Outro. Henrique sentiu saudades deles. Gritou com animação:
— São eles! São eles! Um-Dois-Três-Quatro-Cinco! Onde vocês estão? Venham dar um abraço! Sou Henrique! Como vai Simão? E Bento? E Lucas?
Todos ficaram parados, esperando. Vera estava até comovida esperando conhecer os amigos de Henrique; Lúcia teve um pouquinho de medo e chegou-se para perto do padrinho. Henrique continuava a chamar; ouviram movimento nas folhas das árvores; todos esperavam ver a turma de micos aparecer de repente, mas nada apareceu. Apenas o barulho do vento entre a folhagem. Henrique tornou a chamar com delicadeza. Nada.
Eduardo aconselhou:
— Henrique, fique sozinho atrás de todos e você vai ver como eles aparecem só para você.
Henrique parou no meio do caminho enquanto os outros continuaram; mas percebeu que o irmão, os primos e Bento voltaram disfarçadamente e esconderam-se por trás dos troncos das árvores. Henrique tornou a chamar e a assobiar; nenhum mico apareceu. Ele sabia que os amiguinhos não apareceriam enquanto os outros estivessem ali esperando.
Resolveram continuar a marcha. Mais adiante Bento gritou esfregando a cabeça:
— Oh! Bichinhos danados. Jogaram com toda a força outra bolota no meu coco!