Português, perguntado por Gjknenididim, 8 meses atrás

2. Você identificou alguma diferença entre o seu modo de ver a felicidade e o
dela? Explique

Soluções para a tarefa

Respondido por heloaneramos08
2

meu amor coloca a foto pra eu poder responder se não não consigo


Gjknenididim: Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não
vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.
Gjknenididim: No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num
sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem
para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que
eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo.
heloaneramos08: ??
Gjknenididim: Boquiaberta, saí devagar, mas em
breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar
pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa
vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias
seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me
esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.
Gjknenididim: é sobre o texto felicidade cladestina
Gjknenididim: da clarice lispector
Gjknenididim: Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria
era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa,
com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda
não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como
Gjknenididim: mais tarde, no decorrer da vida, o drama do “dia seguinte” com ela ia se repetir
com meu coração batendo.
Gjknenididim: E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo
indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já
começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho.
Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer
esteja precisando danadamente que eu sofra.
Gjknenididim: Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às
vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de
manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a
olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados.
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