2. Segundo o Capítulo 2, o que a terra de Tatipirun tinha de diferente?
Soluções para a tarefa
Resposta:
Um dia em que ele preparava, com areia molhada, a serra de Taquaritu e o rio das Sete
Cabeças, ouviu os gritos dos meninos escondidos por detrás das árvores e sentiu um baque no
coração.
— Quem raspou a cabeça dele? perguntou o moleque do tabuleiro.
— Como botaram os olhos de duas criaturas numa cara? berrou o italianinho da esquina.
— Era melhor que me deixassem quieto, disse Raimundo baixinho.
Encolheu-se e fechou o olho direito. Em seguida, foi fechando o olho esquerdo, não enxergou
mais a rua. As vozes dos moleques desapareceram, só se ouvia a cantiga das cigarras. Afinal as
cigarras se calaram.
Raimundo levantou-se, entrou em casa, atravessou o quintal e ganhou o morro. Aí
começaram a surgir as coisas estranhas que há na terra de Tatipirun, coisas que ele tinha
adivinhado, mas nunca tinha visto. Sentiu uma grande surpresa ao notar que Tatipirun ficava ali
perto de casa. Foi andando na ladeira, mas não precisava subir: enquanto caminhava, o monte ia
baixando, baixando, aplanava-se como uma folha de papel. E o caminho, cheio de curvas,
estirava-se como uma linha. Depois que ele passava, a ladeira tornava a empinar-se e a estrada
se enchia de voltas novamente.