Matemática, perguntado por rhhumanitario, 3 meses atrás

2 questões de probabilidade e estatística.​

Anexos:

Soluções para a tarefa

Respondido por Vulpliks
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Questão 6: O supervisor de qualidade de uma fábrica de artigos esportivos suspeita que no mês passado houveram mais artigos com defeito do que o normal. Para testar essa hipótese que num lote de 81 artigos, para 19 deles foram encontrados defeito. Sabendo que a proporção de artigos, em geral, é de 15%.

a) Teste a hipótese adequada com 5% de significância com base na região de rejeição, na escala original dos dados para avaliar se o número de artigos defeituosos aumentou.

Hipótese nula:

H_0: p = 0.15

Hipótese alternativa unilateral à direita:

H_1: p > 0.15

Nível de significância adotado:

\alpha = 0.05

Expressando o valor de Z para o teste de 1 proporção:

Z = \dfrac{p - \pi_0}{\sqrt{\dfrac{\pi_0 \cdot (1 - \pi_0)}{n}}}

Onde:

\pi_0 é a proporção obtida anteriormente (15% = 0.15);

n é o tamanho da amostra (81 artigos).

Z é o valor na tabela Z representando o nível de significância do teste.

p é necessário para definir a região crítica.

Então, substituindo:

Z = \dfrac{p - 0.15}{\sqrt{\dfrac{0.15 \cdot (1 - 0.15)}{81}}}

Z = \dfrac{p - 0.15}{\sqrt{\dfrac{0.15 \cdot 0.85}{81}}}

Z = \dfrac{p - 0.15}{\sqrt{\dfrac{0.1275}{81}}}

Z = \dfrac{p - 0.15}{0.03967}

A região crítica é:

RC = \{\hat{p} \geq p \}

Como nesse caso utilizamos a cauda à direita da normal, é preciso olhar na tabela Z para encontrar qual o valor mais próximo de 1 - 0.05 = 0.95.

O valor de Z nesse caso é 1.645 (tabela em anexo). Assim:

1.645 = \dfrac{p - 0.15}{0.03967}

Isolamos p:

1.645 \cdot 0.03967 = p - 0.15

0.065265 = p - 0.15

p = 0.15 + 0.065265

p = 0.2152647

Logo:

RC = \{\hat{p} \geq 0.2152647 \}

Agora observamos a evidência na amostra a partir dos dados do enunciado:

\hat{p}_{obs} = \dfrac{19}{81} = 0.234568

Assim:

\hat{p}_{obs} = 0.234568 \in RC

Rejeita-se H_0.

Conclui-se que as evidências apontam que o número de artigos defeituosos aumentou.

Questão 7: Uma variável aleatória X tem função de probabilidade dada por:

p(x) = 2^{-x}\text{ , }\{x = 1\text{, }2\text{, }3\text{, ...}\}

Demonstre que p(x) é uma função de probabilidade.

Bem, aqui para termos uma função de probabilidade há duas condições que precisam ser atendidas:

1) Toda probabilidade deve estar contida no intervalo entre 0 e 1;

2) A soma de todas as probabilidades precisa ser 1.

A primeira condição é simples de ser demonstrada. Basta testar a função para diferentes valores de x e perceber que:

p(1) = 2^{-1} = \dfrac{1}{2} = 0,5

p(2) = 2^{-2} = \dfrac{1}{4} = 0,25

p(3) = 2^{-3} = \dfrac{1}{8} = 0, 125

p(\infty) = 2^{-\infty} = 0

Ou seja, a condição é satisfeita.

A segunda condição pode ser atendida se perceber que a soma das probabilidades é dada por:

S = \dfrac{1}{2} + \dfrac{1}{2} \cdot \dfrac{1}{2} + \dfrac{1}{2} \cdot \dfrac{1}{2^2} + \dfrac{1}{2} \cdot \dfrac{1}{2^3} + ... = \sum_{i = 0}^{\infty} \dfrac{1}{2} \cdot \left(\dfrac{1}{2}\right)^i

E isso é uma série geométrica com a = \dfrac{1}{2} e r = \dfrac{1}{2}

A soma da série geométrica é dada por:

S = \dfrac{a}{1 - r}

Substituindo:

S = \dfrac{\dfrac{1}{2}}{1 - \dfrac{1}{2}} = \dfrac{\dfrac{1}{2}}{\dfrac{1}{2}} = 1

Demonstrando que a segunda condição também é satisfeita e essa é uma função de probabilidade.

Anexos:
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