2 Qual a vantagem das estrelas esteram fixas em relação a outra
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Uma vez que, aparentemente, as estrelas não se movem, umas em relação às outras, mas se movem todas, como um conjunto, ao redor da Terra (também aparentemente), os antigos supunham-nas engastadas na superfície de uma esfera cristalina transparente. Esta esfera tinha o seu centro coincidente com o centro da Terra, e este era, também, o centro do Universo.
Em contraste com estes milhares de astros imóveis entre si, sete astros, apenas sete, gozavam do privilégio de se movimentarem, cada um em relação aos outros, e em relação às miríades de estrelas “fixas”. Moviam-se no firmamento (que, de firme, não tem nada). São as estrelas errantes (planetas): Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. (“Planeta”, portanto, na antiguidade, era um termo que também se aplicava ao Sol e à Lua.) Eram tidos como deuses, e os nomes que atualmente adotamos são os de divindades romanas.
Até mesmo Kepler (1572-1630), o grande astrônomo alemão que descobriu as leis do movimento planetário, acreditou na “Esfera das Estrelas”.
A aparência de imobilidade das estrelas resulta das imensíssimas distâncias a que elas se encontram de nós. Quando vemos um avião a grande altura (caso em que ele parece minúsculo e seu ruído, quando chegamos a ouvi-lo, ouvimos depois), ele nos parece quase parado. O mesmo avião, à mesma velocidade, passando a poucos metros acima de nossas cabeças, parecerá ter uma velocidade vertiginosa. Imaginemos uma estrela “passando” a dezenas de trilhões de quilômetros…
O chamado Movimento Próprio das estrelas foi descoberto em 1718, por Halley, comparando suas próprias observações com as de Hiparco e de outros astrônomos anteriores a Cristo. Deste modo, conseguiu notar que três estrelas, em cerca de 18 séculos, haviam mudado ligeiramente as suas posições, em relação às demais.
A partir desta descoberta, o interesse mundial pela astronomia estelar cresceu incrivelmente. Antes dela, o sistema solar quase monopolizava a atenção dos astrônomos.
Na figura abaixo, vemos a constelação do Cruzeiro do Sul há alguns milhares de anos, e daqui a alguns milhares