ENEM, perguntado por anacarolinareis84, 11 meses atrás

2. Posteriormente, faça uma breve reflexão dos impactos gerados na economia, considerando os anos analisados 2009 a 2019.

Soluções para a tarefa

Respondido por ellenmayra272921
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Resposta:

2009 iniciada no mercado imobiliário dos Estados Unidos refletiu em vários setores da economia brasileira, interrompeu o crescimento do Ibovespa e afastou os investidores internacionais. Deste modo, o objetivo deste trabalho foi avaliar os impactos do cenário econômico no risco de se investir em empresas de setores econômicos com comportamentos divergentes no período, aqueles que, possivelmente, seriam mais e menos influenciados. A análise dos riscos foi feita através de modelos de variância condicional (Modelos ARCH) para a extração das séries diárias de volatilidade. Os resultados mostraram que, tendo a série do Ibovespa refletindo o comportamento médio do mercado, no começo da crise todas as empresas seguiram o mesmo comportamento do Índice da Bolsa de São Paulo, com grande volatilidade no segundo semestre de 2008. No período seguinte ao inicio da crise a volatilidade dos preços das ações destas empresas apresentou comportamentos divergentes, algumas surpreenderam ao mostrar maior volatilidade no segundo semestre de 2010 a maio de 2011, com isso tornaram-se investimentos mais arriscados neste cenário econômico de menor instabilidade, comparada ao imediatamente anterior. A metodologia deste trabalho, análise de volatilidade relacionando risco e retorno, é uma importante ferramenta quando esta relação está associada com a expectativa do comportamento de uma série financeira, como o preço de ações

2019 não é tarefa fácil já que a economia não se trata de uma ciência exata, tendo uma equação ou modelo bem estruturado e provado para acertar os acontecimentos futuros, mas um campo das ciências sociais, envolvida nas contradições de uma sociedade dividida em classes em constantes transformações e lutas, onde as causas e consequências não são tão fáceis de identificar, quase sempre se retroalimentando.  

Contudo, a partir de uma análise do passado, o estudo do comportamento das classes e grupos sociais e os desdobramentos econômicos e políticos, bem como o entendimento da formação social e econômica do país é possível apontar tendências encubadas nesses acontecimentos, com o objetivo de prever seus desenvolvimentos para auxiliar em nossa ação futura.  

Para terminar esse prelúdio, reforçamos que essa análise exige o desenho do caminho a ser seguido, um método, e a definição de quais as principais variáveis observadas que impactam sobre determinadas classes e grupos sociais. Começamos analisando a dinâmica internacional para, então, projetar cenários dos possíveis desdobramentos na economia brasileira.  

Estamos em um momento de instabilidade política, econômica, social e ambiental no planeta, uma crise do capitalismo mundial que teve seu pico em 2008, que a caracterizamos como estrutural, profunda e prolongada.  

Analisemos a partir do PIB (Produto Interno Bruto), que é toda a produção de bens e serviços de um país medidos no curso de um ano. Se pós 2009 (ano em que teve uma variação negativa de -1,7%) a economia mundial volta a apresentar certa recuperação nos anos de 2010 (crescimento de 4,3%) e 2011 (crescimento de 3,2%), de 2012 até 2017 manteve uma taxa de crescimento estagnada em torno de 2,7. Segundo o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Banco Bradesco, a previsão do PIB mundial em 2018, comparado ao ano de 2017, é de queda e para 2019 seguiria a mesma tendência.

Quando analisados os mesmos dados por países do capitalismo do centro e da China, embora cada taxa de crescimento esteja em um patamar diferente (EUA com variação do PIB em 2018 de 2,7%, Europa em 2,1% e China em 6,5%), o caminho de queda desde 2017 se mantém, com queda no comércio internacional e na produção industrial.  

Além da tendência decrescente do PIB Mundial, observamos um deslocamento do PIB com relação aos ativos financeiros. A riqueza operada na lógica dos mercados financeiros chegou a representar dez vezes mais que as necessidades de investimento e intercâmbio, representadas pelo PIB. Em 2009 o PIB Mundial era 58,4 trilhões de dólares e a estimativa de produtos derivados dos grandes bancos, 603,9 trilhões de dólares. Dez anos depois, essa tendência não foi revertida.  

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