2. PESQUISE e escreva um pouquinho sobre os sonhos e realizações de Malala Yousafzai, uma jovem que aprendeu a construir e defender seu próprio pensamento.
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Resposta:
Malala Yousafzai, a mais jovem vencedora do prêmio Nobel da Paz, por sua atuação em favor da educação das meninas no Paquistão, fez 18 anos neste domingo, 12 de julho. Desde o ataque terrorista que a vitimou, perpetrado no dia 8 de outubro de 2012, vive na Inglaterra, onde médicos britânicos salvaram sua vida. No dia em que completou 18 anos, Malala inaugurou uma escola para meninas sírias no Vale de Bekaa, no Líbano, perto da fronteira com a Síria. Financiada pelo fundo Malala, organização não governamental que apoia projetos educacionais, a instituição receberá duzentas jovens de 14 a 18 anos. No discurso de inauguração, disse: "Hoje, no meu primeiro dia como adulta, em nome das crianças do mundo, peço aos líderes que invistam em livros e não em balas". E em uma sala decorada com desenhos de borboletas da escola Malala Yousafzai All-Girls, declarou à Reuters: "Decidi vir para o Líbano, pois acredito que as vozes dos refugiados sírios precisam ser ouvidas, pois têm sido ignoradas por muito tempo". O Líbano abriga 1,2 milhão de refugiados que fugiram da trágica guerra na Síria, dos quais 500 mil crianças em idade escolar. Apenas 1/3 delas recebem educação formal. Malala nasceu e viveu, até ter sofrido o ataque terrorista, no Vale de Swat, no noroeste do Paquistão, região conservadora dominada pelos talibãs, que em 2008 proibiram as meninas de receberem educação formal. Malala resolveu lutar contra esta interdição, pois seu sonho era ver as meninas da região na escola, e estimulou suas amigas e vizinhas a desobedecerem a ordem. Com apenas 11 anos iniciou um blog intitulado Diário de uma menina paquistanesa, publicado na BBC, usando um pseudônimo para evitar o ataque do grupo terrorista. Seus posts ganharam notoriedade e a menina começou a ser entrevistada por muitas agências de notícias. Foi aí que os talibãs usaram suas armas e um dia, quando Malala voltava para casa, no ônibus escolar, entraram na condução com suas kalashnikovs em punho e feriram-na quase mortalmente. Que coragem teve essa menina paquistanesa e que crença inabalável na educação como meio de obter a liberdade! Suas ideias repercutiram pelo mundo afora, e sua autobiografia, traduzida no Brasil como “Eu sou Malala – a história da garota que defendeu o direito à educação e foi baleada pelo talibã”, descreve seu sonho e sua garra para mudar o mundo. Um recente e belíssimo livro para jovens escrito por Adriana Carranca e ilustrado por Bruna Assis Brasil, editado pela Companhia das Letrinhas, conta a história de Malala de um jeito simples. A autora esteve no Vale de Swat para conhecer o ambiente, os familiares e as pessoas próximas à jovem. O título desse livro já é em si um primor: Malala a menina que queria ir para a escola. Lendo este pequeno livro tão bem ilustrado e conhecendo a história desta jovem paquistanesa pensei muito no Brasil e nos caminhos de nossa educação. Somos um país abençoado, pois nossos meninos e meninas estão hoje em dia na escola. Porém, apesar de receberem livros distribuídos pelo Estado, muitos deles têm de lutar, e muito, para terminar seus estudos. Nosso sistema educacional é baseado na noção de que os alunos que não correspondem ao aprendizado requerido pelas grades escolares não devem avançar. Essa maneira de enfrentar as dificuldades de ensinar tem custado caro ao País, às crianças e aos jovens, pois muitos acabam desistindo dos seus sonhos, atraídos pelo tráfico de drogas, pelo poderio das armas, pelo fascínio do dinheiro fácil. Incontáveis crianças acabam morrendo nessa louca e insensata guerra às drogas. E muitas perdem preciosos dias de aula devido aos tiroteios nas favelas, como aconteceu no dia 13 próximo passado.Malala disse aos jornalistas que gostaria de vir ao Brasil. Espero que seja convidada por nossas autoridades para falar no Congresso Nacional e inspirar as pessoas de boa fé a lutarem pelo sonho de ver todos os brasileiros em boas escolas, mesmo sem tablets e computadores, mas cheias de livros.
Explicação:
espero ter ajudado