2) Os países sul americanos além das influências religiosa, também compartilham uma história marcada pela a dominação colonial. O que isso significa para o atraso destes países
Soluções para a tarefa
Resposta:
Nas últimas décadas a América Latina experimentou, em diferentes
velocidades e com traços heterogêneos segundo os países, significativos
progressos em seu desenvolvimento econômico e social, como se observa
no sustentado crescimento econômico, na redução da pobreza e nas
melhorias importantes em diversos indicadores sociais. No entanto,
a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL)
enfatizou que estes avanços estão encontrando limites, seja para se
sustentar ou expandir, e que a região deve enfrentar os desafios que
representam o fechamento das brechas provocadas pela heterogeneidade
estrutural, a vulnerabilidade externa e a persistência de altos níveis de
desigualdade. Os povos indígenas integram precisamente os coletivos
mais desfavorecidos, como resultado de complexos processos sociais
e históricos iniciados há mais de 500 anos, que foram estabelecendo
práticas discriminatórias persistentes até o presente e implicaram uma
desapropriação sistemática de seus territórios, com graves consequências
para seu bem-estar.
Não obstante, depois do fim da guerra fria, num mundo globalizado
e pluricultural, a irrupção dos povos indígenas e sua agenda de direitos,
em um fenômeno que não é exclusivo da região, mas um processo
global, faz parte de uma diversidade de lutas pelo reconhecimento e
dignidade humana. A tenaz resistência dos povos indígenas expressa-se
atualmente na instauração de novos status quo políticos e territoriais,
assim como de novos modos de relação institucional dos Estados e dos
povos indígenas. A Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas foi o corolário das prolongadas lutas indígenas e
sintetiza o padrão internacional, obrigatório para os Estados, oferecendo
um quadro normativo explícito como enfoque para as políticas públicas.
Embora este documento registre progressos indubitáveis em matéria da
aplicação destes direitos, também constata que as brechas persistem e
que as desigualdades continuam sendo profundas.
Um dos maiores desafios que a região enfrenta em sua busca
pela igualdade é a inclusão dos direitos dos povos indígenas entre as
prioridades das políticas. Os desafios são enormes, se considerarmos
que na América Latina, como se examina neste estudo, existem mais de
800 povos indígenas, com uma população próxima de 45 milhões, que
se caracterizam por sua ampla diversidade demográfica, social, territorial
e política, desde povos em isolamento voluntário até sua presença em
grandes assentamentos urbanos. A isto se acrescenta que o crescimento
econômico registrado na região é altamente dependente dos recursos
naturais e de seus preços internacionais, enquanto se observa uma
governança deficiente destes recursos. A reprimarização da economia
provocou fortes pressões sobre os territórios dos povos indígenas e
desencadeou numerosos conflitos socioambientais ainda não resolvidos.
A proposta atual da CEPAL, plasmada em seus últimos três períodos
de sessões, é a de um desenvolvimento concentrado no valor da
igualdade com um enfoque de direitos. Além disso, assinalamos que
é necessário reformular os equilíbrios entre o Estado, o mercado e a
sociedade para construir pactos em que concorram aqueles atores que
garantam acordos políticos de longo alcance. Com estas premissas, é
indubitável que os povos indígenas devem ser incluídos em tais pactos, e
que estes requerem a abertura de espaços para avançar mais rapidamente
na aplicação dos padrões. Um dos principais desafios nesta matéria é
a integração dos direitos dos povos indígenas em um novo modelo de
governança dos recursos naturais. Trata-se de transitar dos “novos tratos”
para os “novos pactos”.
Junto com isso, os conhecimentos ancestrais, as inovações e as
práticas tradicionais dos povos indígenas para a conservação e a utilização
sustentável da diversidade biológica, assim como o desenvolvimento das
diferentes modalidades coletivas das economias indígenas, oferecem
uma oportunidade valiosa para a construção de um novo paradigma do
desenvolvimento, baseado em uma mudança estrutural rumo à igualdade
e sustentabilidade. É fundamental o reconhecimento da contribuição dos
povos indígenas nos desafios que traz consigo o porvir de uma América
Latina soberana.
Resposta:
Na avaliação do economista Alexandre Rands Barros, entretanto, a especialização em produtos minerais e agrícolas explorados em grandes propriedades latifundiárias foi consequência, e não a verdadeira ...
Explicação: