2. O que são adinkras?
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Resposta:
Adinkra é o nome de um conjunto de símbolos ideográficos dos povos acã, grupo linguístico da África Ocidental que povoa a região que hoje abrange parte de Gana e da Costa do Marfim. Sankofa, um dos adinkra mais conhecidos, significa a sabedoria de aprender com o passado para construir o presente e o futuro.
Resposta:
Explicação:
Adinkras são símbolos que transmitem valores acumulados pelos Akan (Ashanti) – grupo cultural presente nos países da África do Oeste. Cada símbolo está associado a um provérbio ou ditado específico, e a um sistema de valores humanos universais:
família, integridade, tolerância, harmonia e determinação.
Existem mais de oitenta símbolos e a maioria deles é de origem ancestral, sendo transmitidos de geração em geração Hoje são usados por diversos meios de comunicação; objetos de decoração, camisetas, tatuagens, pintura de paredes.
Integrados assim ao cotidiano das pessoas que escolhem o seu “ADINKRA”!
A arte africana tem como sua característica principal representar os usos e costumes das tribos africanas. O objeto de arte é funcional. Nas pinturas, como nas esculturas, a presença da figura humana identifica a preocupação com os valores étnicos,
morais e religiosos. A escultura sempre foi a forma de arte mais usada, com o ouro, o bronze e o marfim como matérias prima
principais.
Adinkras são símbolos que formam um tipo de escritura pictográfica, que transmitem os valores acumulados pelos Akan
(Ashanti) – grupo cultural presente no Gana, Costa do Marfim e no Togo, países da África do Oeste. Cada símbolo está associado a um provérbio ou ditado específico, a escrita adinkra reflete um sistema de valores humanos universais: família, integridade, tolerância, harmonia e determinação enraizados na experiência dos Akan. Existem mais de oitenta símbolos e a
maioria deles é de origem ancestral, sendo transmitidos de geração em geração. Muitos representam virtudes, sagas populares, provérbios ou eventos históricos. São amplamente utilizados no cotidiano dessa sociedade, presente em tecidos, cerâmica, arquitetura e em objetos de bronze.
Da mesma maneira que os documentos escritos materializam a história nas sociedades ocidentais, em muitas culturas africanas é a arte que traz o conhecimento do passado até o presente.
Adinkra significa 'Adeus' em dialeto Twi, porque originalmente eram utilizados para adornar o vestuário usado nas cerimônias fúnebres - os símbolos usados na roupa dos participantes expressavam as qualidades atribuídas ao falecido. Todos os símbolos têm um nome e transmitem uma mensagem. Hoje são usados por diversos meios de comunicação, em objetos de decoração, camisetas, tatuagens, pintura de paredes, etc. Integrando assim o cotidiano das pessoas, que escolhem o seu “ ADINKRA” e imprimem-no como, onde e como quiserem.
A população Akan desenvolveu habilidades significativas na tecelagem no século XVI, em Nsoko (hoje Begho), importante centro de tecelagem. Os adinkra, originalmente produzidos pelos clãs gyaaman, da região Brong, eram de direito exclusivo da realeza e dos líderes espirituais, e só podiam ser utilizados
em cerimônias importantes. Durante um conflito militar no início do século XIX, causado pelos gyaaman, que tentavam copiar a "cadeira de ouro" (símbolo da nação ashanti), o rei gyaaman
foi morto. Seu manto adinkra foi tomado por Nana Osei Bonsu-Panyin, o Ashantehene (rei ashanti), como troféu. Com a túnica, veio o conhecimento da aduru adinkra (tinta especial utilizada no processo de impressão) e do processo de estampagem de desenhos em panos de algodão. Com o tempo, os ashantis desenvolveram mais a simbologia adinkra, incorporando sua própria filosofia, contos folclóricos e cultura.
Os tecidos ocupam um lugar muito especial na cultura Akan. São utilizados não apenas como vestimenta, mas também como forma de expressão. Assim, os símbolos adinkra são estampados nos tecidos, para transmitir mensagens. Essa rica tradição existe desde o século XVII. Os símbolos são estampados nos tecidos por meio de uma espécie de carimbo, feito com a casca de cabaças. Este é mergulhado numa tintura feita com cascas de árvores e pressionado diversas vezes no tecido para criar estampas. Atualmente, tecidos industrializados comemorativos
também são estampados com adinkras.
Os ganeses geralmente escolhem suas roupas para usar segundo as cores e os símbolos estampados nelas. A estampa e a cor representam sentimentos de ocasiões específicas como festas e funerais, festivais tradicionais, ritos de iniciação como o da puberdade, casamentos etc. A alegria esta relacionada a cores vivas e ao branco, enquanto que para funerais e luto predominam azul e vermelho escuro, marrom ou preto. Quando vestem vermelho escuro ou marrom significa que perderam um ente próximo recentemente, já cor preta ou azul escura demonstram dor prolongada pela perda.