2-"O meu apelo dirige-se ainda aos filósofos e a quantos ensinam a filosofia... Vivam em permanente tensão para a verdade e atentos ao bem que existe em tudo o que é verdadeiro. Poderão, assim, formular aquela ética genuína de que a humanidade tem urgente necessidade, sobretudo nestes anos." Neste trecho, João Paulo II aponta a urgência de refletirmos sobre o agir humano no mundo e a necessidade de revermos nossos conceitos nas relações humanas. Redija um texto, avaliando a realidade da humanidade entre os séculos XX e XXI e porque a urgência de uma reformulação Ética se faz tão importante em nossos dias, independente do indivíduo professar ou não uma fé.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Atualmente, a ética surge como uma base de conceito sobre a forma como os indivíduos precisam pautar suas relações em sociedade, e, em menor e maior grau é interessante observar que ela é utilizada, principalmente tendo esses seguintes pilares:
- A Ética moral;
- A Ética ambiental;
- A Ética política;
- A Ética social;
- A Ética cultural;
- A Ética profissional.
Por isso, pensar em comunicação ética e racional nos dias de hoje é interagir com os diferentes aspectos do espaço que vivemos, como a cultural, a economia, a sociedade e a estrutura de cada povo, variando conforme o contato é feito, nunca se mantendo em um ponto só.
Vale ressaltar a filosofia busca estar junto à todos esses campos para compreender como a ética é utilizada.
Resposta:
Com efeito, o que triunfou a partir do século XIX e, de maneira mais evidente ainda, ao longo do século XX, não foi a racionalidade do homem tal qual fora vislumbrada no século das Luzes e pela Revolução Francesa, racionalidade dos fins últimos e dos valores irrigados pelos sentimentos e pelas paixões, tal como nos ensinaram Rousseau e Goethe, mas somente a racionalidade instrumental, aquela que se interessa apenas pelos meios a serem utilizados e que responde só à questão: como? Jamais à questão: por quê? Essa predominância se traduz pelo surgimento apenas da racionalidade econômica, aquela que permite o cálculo dos melhores meios e dos melhores métodos, cálculo de custos e de vantagens, e que submete todo mundo ao reino do dinheiro.
De certa maneira, podemos afirmar, sem risco de sermos contraditados, que o mundo atual se tornou sádico.Os antigos valores de mérito, trabalho, honra, prestígio e “a herança histórica, usada pelo capitalismo, inclusive a honestidade, a integridade, a responsabilidade, o cuidado no trabalho, o respeito aos outros” (Castoriadis, 1996), foram desvalorizados em prol de um único valor: o dinheiro. A racionalidade instrumental e as estratégias financeiras atingem, pois, o objetivo: utilizar o sujeito, que acredita ser em grande parte autônomo, para superexplorá-lo e aliená-lo. O processo de alienação é tão mais insidioso que muitas pessoas colaboram com a própria alienação.
Em relação aos valores humanos e afetivos , elas ficaram extremamente abaladas com o surgimento da modernidade líquida. Zigmunt Bauman , filósofo polonês , usa o termo “conexão” para nomear as relações na modernidade líquida no lugar de relacionamento, pois o que se passa a desejar a partir de então é algo que possa ser acumulado em maior número, mas com superficialidade suficiente para se desligar a qualquer momento. A amizade e os relacionamentos amorosos são substituídos por conexões, que, a qualquer momento, podem ser desfeitas.
Neste sentido , faz-se mister a necessidade da reflexão sobre valores sociais em meio a crise estabelecida ao individualismo e à competitividade, por isso, se torna necessário, mais do que nunca, uma preocupação com o social, já que a crise da Humanidade é uma crise moral. Em meio a todos estes aspectos sociais e globais é necessário, portanto , que cada ser humano esteja consciente de que não bastam as reflexões, é preciso mudar conceitos, ter condutas condizentes com o que harmoniza a sociedade em todos os seus segmentos. Além disso, o compromisso consigo, com os outros, com as novas gerações exige um estado de alerta constante. Viver sob os moldes da moral não é tarefa simples nem fácil, mas há a possibilidade de participar de um mundo mais sociável e igualitário.
Explicação: