2) nesse fragmento do poema.
a) o poeta se vale do recurso ao paralelismo de construção apenas na primeira estrofe.
b) o eu poemático aborda o problema da escravidão segundo um jogo de intensas oposições.
c) os animais evocados-leão, jaguar e serpente têm, respectivamente, sentindo denotativo, metafórico.
d) o tom geral assumido pelo poeta revela um misto de emoção, vigor e resignação diante da escravidão.
e) os versos são constituídos alternadamente por sete e oito sílabas poética.
Castro Alves, fragmentos de o navio negreiro-tragédia no mar.
Soluções para a tarefa
Alternativa B.
o eu poemático aborda o problema da escravidão segundo um jogo de intensas oposições
No poema, Castro Alves constrói uma oposição entre o "ontem" e o "hoje" para mostrar a diferença entre o modo de vida dos negros antes e depois da escravidão. A liberdade que foi destruída pela escravidão.
"Ontem", quando viviam na África, tinham liberdade e eram guerreiros em busca de poder. "Hoje", nos navios negreiros, vivem presos, acorrentados, sofrendo castigos físicos e em péssimas condições de vida.
Essa questão se refere a um fragmento do poema "O navio negreiro", de Castro Alves. O trecho é:
Ontem a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d’amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...
Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm’lo de maldade,
Nem são livres p’ra morrer...
Prende-os a mesma corrente
— Férrea, lúgubre serpente —
Nas roscas da escravidão.
E assim roubados à morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoite... Irrisão!