2- Leia o poema e responda ao que se pede:
Satélite
I
Fim de tarde. No céu plúmbeo A Lua baça Paira
II
Muito cosmograficamente
Satélite
III
Desmetaforizada,
Desmitificada,
IV
Despojada do velho segredo da melancolia,
Não é agora o gorfão de cismas,
O astro dos loucos e dos enamorados,
Mas tão somente
Satélite
V
Ah Lua deste fim de tarde,
Demissionária de atribuições românticas;
Sem show para as disponibilidades sentimentais!
VI
Fatigado de mais-valia,
Gosto de ti assim:
Coisa em si,
-Satélite.
Bandeira, Manuel. Estrela da vida inteira.
4ª ed. Rio de Janeiro. J. Olympio, 1973.
P.232.
a) Levando em conta o contexto, que significado se pode atribuir a:
• “Sem show para as disponibilidades sentimentais!”
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• “Fatigado de mais valia” (leve em conta que mais valia se define como a diferença entre
o custo da força de trabalho e o valor do produto dela resultante).
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b) Pode-se dizer que esse poema estar lamentando o fim dos bons tempos românticos e
criticando a frieza do mundo moderno por não oferecer mais espaço para o sentimento?
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c) O poema coloca em oposição duas concepções de Lua: a de hoje (“deste fim de tarde”) e
a do passado. Esse dado permite concluir que uma das funções do texto literário é de marcar
posição e de revelar uma certa visão do mundo?
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Soluções para a tarefa
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Resposta:
eu sou muito frágil não quebre meu coração
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