2- Leia o poema abaixo:Os sapos Enfunando os papos, Saem da penumbra,Aos pulos, os sapos.A luz os deslumbra.Em ronco que aterra,Berra o sapo-boi:– “Meu pai foi à guerra!”– “Não foi!” – “Foi!” – “Não foi!”.O sapo-tanoeiro, Parnasiano aguado,Diz: – “Meu cancioneiro É bem martelado.Vede como primo Em comer os hiatos! Que arte! E nunca rimo Os termos cognatos. O meu verso é bom Frumento sem joio.Faço rimas com Consoantes de apoio.Vai por cinquüenta anos Que lhes dei a norma:Reduzi sem danos A fôrmas a forma.Clame a saparia Em críticas céticas: Não há mais poesia,Mas há artes poéticas…”Urra o sapo-boi: – “Meu pai foi rei!”- “Foi!” – “Não foi!” – “Foi!” – “Não foi!”.Brada em um assomo O sapo-tanoeiro:– A grande arte é como Lavor de joalheiro.Ou bem de estatuário.Tudo quanto é belo,Tudo quanto é vário,Canta no martelo”.Outros, sapos-pipas(Um mal em si cabe),Falam pelas tripas,– “Sei!” – “Não sabe!” – “Sabe!”.Longe dessa grita,Lá onde mais densa A noite infinita Veste a sombra imensa;Lá, fugindo ao mundo,Sem glória, sem fé,No perau profundo E solitário, é Que soluças tu, Transido de frio,Sapo-cururuDa beira do rio…Manuel Bandeira in “Estrela da Vida Inteira” O poema “sapo-tanoeiro” de Manuel Bandeira representa uma sátira aos: *
a) modernistas.
b) românticos.
c) naturalistas.
d) parnasianos.
e) árcades.
Soluções para a tarefa
Respondido por
3
Resposta:
d) parnasianos
Explicação:
Critica a estrutura marcada pela métrica regular e estilização dos versos, satirizando o Parnasianismo.
tatianne2002:
obrigada!❤
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